O Superflex é um coletivo dinamarquês criado em 1993 pelos artistas Bjørnstjerne Reuter Christiansen (1969) , Jakob Fenger(1968) , e Rasmus Nielsen (1969) .
O Superflex produz seus trabalhos no limiar do contexto da arte e desafia o papel dos artistas na sociedade contemporânea. Desenvolve uma prática complexa onde une projetos de arte com o comércio e estruturas sócio-econômicas, no desafio de independência. Parte de uma perspectiva de apropriação de linguagens e de estratégias cotidianas de relacionamento para trabalhar problemáticas políticas em torno da relação liberdade de expressão/cidadania – sistema de patentes, marcas, copyright. Seus Free Beer[Cerveja livre], Non-alcoholic vodka [Vodka não alcoólica], Mega Cola, por exemplo, podem ser achados e comprados em lojas, boates e bares europeus, lado a lado com produtos “comerciais”. Entre seus trabalhos está a produção de biogás e a “cerveja para todos”.
Em 2006, o Superflex foi convidado pelos curadores da 27ª Bienal de São Paulo para apresentar o projeto Guaraná Power, desenvolvido em conjunto com a Cooperativa de Agricultores da Região de Maués (COAIMA), no Amazonas. Um mês antes da abertura da Bienal, o Superflex recebeu um comunicado do presidente da Fundação Bienal informando que a obra não poderia ser apresentada na exposição "por não ser considerada uma atividade artística". Refrigerante de sabor concentrado e propriedades energéticas, o "Guaraná Power" tem como função a crítica ao monopólio do mercado e suas conseqüências nas comunidades amazônicas.
Na sua primeira exposição individual em Londres inaugurada no dia 16 janeiro na South London Gallery o Superflex apresenta seu novo filme, Flooded McDonald’s.
Abaixo texto original sobre o trabalho extraido do site da revista Art Forum.
The international projects by the Danish colletive Superflex engage alternative-energy production, community organizing, and what they commonly term “countereconomic strategies.” For their first solo exhibition in
THIS WORK IS one of our first forays into filmmaking. Although we’ve previously used film and photography to document our projects, Flooded McDonald’s incorporates a more general cinematic approach. It may at times seem like a documentary, because it follows the actual flooding of a replica of a generic McDonald’s, but it might also feel like a television commercial or disaster movie in slow motion.
Burning Car [2007] was our first film; it captures a car on fire in a single long take. We consider it a response to a series of recent activities in
Flooded McDonald’s is our second film, and among the issues that it examines are the consequences of consumerism on an individual level. Often, society likes to locate a scapegoat for the negative effects of consumerism, such as multinational companies or politicians who are not able to deal with, say, carbon-dioxide emissions. For this film, we wanted to create an understanding of its effects on a more private register. The film is not a direct critique of McDonald’s. Consumers want to eat the chain’s products, and they become addicted to products and ideologies. McDonald’s is really an icon for the type of consumerism that has wide-ranging environmental, social, and economic consequences.
The film will travel to Louisiana Museum of Modern Art in September. We are in the process of proposing different models for circulating the work, as standard channels for film and visual-art distribution can be very difficult in terms of public accessibility and rights. We’re trying to see if these films can be disseminated in visual-art as well as film markets.
As told to Lauren O'Neill-Butler