O cartaz foi criado pela nova área de design da fundação e contem o verso do poeta Jorge de Lima: "Há sempre um copo de mar para um homem navegar", título da mostra, extraído de "Invenção de Orfeu" (1952).
terça-feira, 16 de março de 2010
Bienal de São Paulo divulga cartaz da sua 29ª edição
A Fundação Bienal divulgou o pôster da exposição deste ano, sua 29ª edição.
Postado por
Rodrigo Linhares
às
terça-feira, março 16, 2010
MARINA ABRAMOVIĆ NO MOMA DE NOVA IORQUE
O Museum of Modern Art de Nova Iorque apresenta “Marina Abramović: The Artist is Present”, a primeira retrospectiva de larga escala num museu americano do trabalho de performance da artista, até 31 de Maio de 2010.
Reconhecida internacionalmente como pioneira e figura-chave na arte da performance, Marina Abramović (Iugoslávia, 1946) usa o seu próprio corpo como sujeito, objeto e meio, explorando os limites físicos e mentais.
A exposição percorre a prolífera carreira de Abramović com cerca de 50 obras que se estendem por quatro décadas de intervenções e peças sonoras, obras em vídeo, instalações, fotografias, performances solo e coletivas.
A mostra inclui a estréia mundial de uma nova obra de performance executada pela própria Abramović e a execução de performances históricas de influentes artistas especialmente selecionados para esta exposição.
Disponível em: www.artdaily.com
Postado por
Rodrigo Linhares
às
terça-feira, março 16, 2010
Paris recebe mostra de Lucian Freud
Para uma parte da crítica, ele é o maior pintor em atividade no mundo. Para outra, não passa de um acadêmico consagrado. Para o mercado de arte, sua obra é uma mina de ouro. Para os museus, trata-se de um sucesso garantido de público, como se vê nas salas lotadas de "Lucian Freud - O Ateliê", aberta na última quinta em Paris, no Centre Georges Pompidou.
É a primeira grande mostra de Freud na França em 22 anos. Com curadoria de Cécile Debray, reúne 55 telas, algumas consideradas obras-primas, e a maioria pertencente a coleções particulares, o que torna a exibição (que vai até 21/7) ainda mais atrativa. Dela consta o quadro "Benefits Supervisor Sleeping", arrematada há dois anos por US$ 33 milhões (R$ 58 milhões) -um recorde para um artista vivo.
Neto do fundador da psicanálise, Lucian Freud nasceu em Berlim, em 1922. Sua família migrou para a Grã-Bretanha em 1934, e ele se naturalizou inglês em 1939, o mesmo ano da morte do avô Sigmund. Começou a estudar artes bastante jovem, mas foi o encontro com Francis Bacon, em 1945, que libertou a sua pintura das convenções que a dominavam.
Como ocorreu com Bacon e outros nomes da "escola de Londres", Freud passou, a partir dos anos 60, a pintar quase só no ateliê. Seu método de trabalho é baseado na observação detida do modelo, num processo lento de produção, com quatro ou cinco telas por ano, as quais ele pinta sempre de pé.
Dividida em salas, o foco da mostra é a experiência do ateliê na obra de Freud, o modo como ele transformou tal espaço em seu universo pictórico.
Dividida em salas, o foco da mostra é a experiência do ateliê na obra de Freud, o modo como ele transformou tal espaço em seu universo pictórico.
Na primeira, "Interior/ Exterior" predomina o "embate" entre o mundo da rua e o ambiente fechado do ateliê, situado atualmente no bairro Notting Hill. Ali, estão expostas raras paisagens urbanas feitas por Freud, quase hiperrealistas, mostrando terrenos vazios e fundos de prédios.
A sala "Reflexão" agrupa uma série de autorretratos em diferentes épocas, inclusive o famoso "Painter Working, Reflection" (1993), em que ele se pintou nu, aos 71 anos. O isolamento no ateliê transforma o próprio artista em tema crucial e o estimula a refletir sobre a sua relação de poder com o modelo, às vezes com ironia.
A sala "Reflexão" agrupa uma série de autorretratos em diferentes épocas, inclusive o famoso "Painter Working, Reflection" (1993), em que ele se pintou nu, aos 71 anos. O isolamento no ateliê transforma o próprio artista em tema crucial e o estimula a refletir sobre a sua relação de poder com o modelo, às vezes com ironia.
As releituras de clássicos que Freud admira, como Cézanne e Chardin, dominam a seção "Retomadas". Mas a sala de maior impacto é "Igual à Carne - Cenografias e Composição", com nus extraordinários que fizeram a fama de Freud.
Os modelos surgem em total entrega ao pintor, tombados em camas ou no chão, gordos, estranhos, desidealizados, dessublimados. As pinceladas firmes e densas acentuam os estragos feitos no corpo pelo tempo e pelo uso. "Eu trabalho a pintura para que ela seja igual à carne", disse o pintor.
É como se, para Freud, a carne fosse o último tema da pintura figurativa, a expressão derradeira do controvertido naturalismo do artista, sobre o qual o próprio amigo Bacon emitiu um dos juízos mais severos: "O problema com a obra de Lucian é que ela é realista sem ser real".
ALCINO LEITE NETO da Folha de S.Paulo
Os modelos surgem em total entrega ao pintor, tombados em camas ou no chão, gordos, estranhos, desidealizados, dessublimados. As pinceladas firmes e densas acentuam os estragos feitos no corpo pelo tempo e pelo uso. "Eu trabalho a pintura para que ela seja igual à carne", disse o pintor.
É como se, para Freud, a carne fosse o último tema da pintura figurativa, a expressão derradeira do controvertido naturalismo do artista, sobre o qual o próprio amigo Bacon emitiu um dos juízos mais severos: "O problema com a obra de Lucian é que ela é realista sem ser real".
ALCINO LEITE NETO da Folha de S.Paulo
Postado por
Rodrigo Linhares
às
terça-feira, março 16, 2010
Assinar:
Postagens (Atom)