quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



Excelente trabalho, vale a pena ver o site deste artista.

Australian Pavilion Giardini 2

Ludoteca

Sydney-based curator Felicity Fenner will curate a group exhibition of early career artists at The Ludoteca, a former convent in the Castello district between the Giardini and the Arsenale. The exhibition ONCE REMOVED, will present artists – Vernon Ah Kee, Ken Yonetani, and Claire Healy & Sean Cordeiro – through a series of installations unified by themes of displacement, Indigenous and environmental issues.
This exhibition will resonant with international audiences with its themes of displacement and environmental issues, while also revealing a diversity of work by early career Australian artists.

Vernon Ah Kee












Vernon Ah Kee, Cant Chant, Institute of Modern Art, Brisbane, 2007 (installation view)


Vernon Ah Kee creates work dealing with issues facing Australian Indigenous culture in a post-colonial society. He is best known for his monumentally scaled pencil portraits of Aboriginal family members, who gaze defiantly at the viewer.
Vernon Ah Kee is a younger generation Indigenous artist who lives and works in Brisbane, Queensland. He received his doctorate in Visual Arts from Queensland College of the Arts in 2007. His work explores Australian Indigenous and non-Indigenous culture in contemporary society. Using text, video and drawing, Ah Kee references past racial atrocities and the way they resonant in the present context.

Artist Representation Milani Gallery, Brisbane
Claire Healy & Sean Cordeiro














Claire Healy & Sean Cordeiro, Deceased Estate, Glashaus Gallery, Weil, am Rhein, Germany, 2004


Claire Healy & Sean Cordeiro explore the space between creation and consumption, questioning the layers that disguise the simple economics that underscore our increasingly complex lives. Their site-specific investigations of certain places are also investigations into the perception of the way things shift. Their art material is often found on site, recycled and reused in works that ponder the material and immaterial value of everyday objects. The artists’ explorations into formality, materiality, accumulation and transition manifest in works that relate closely either to the site in which they’re presented or from whence they derive.
More information: http://www.claireandsean.com/
Artists Representation: Barry Keldoulis Gallery, Sydney

Ken Yonetani














Ken Yonetani, Sweet Barrier Reef, Adelaide Biennial of Australian Art, 2008


Australian based Japanese artist Ken Yonetani creates sculptural installations made from ceramics and other similarly fragile materials. His work draws on the traditions of his Japanese cultural heritage to address contemporary environmental crises facing many parts of the world.
Ken Yonetani was born in Japan in 1971, where he studied pottery under the master Toshio Kinjo. He moved to Australia in 2003, gaining an MA from the Australian National University’s School of Art in 2005. Yonetani’s current work uses fragile and ephemeral materials as a metaphor for modern day consumerism and destruction of the natural environment.
More Information: www.diannetanzergallery.net.au
Artists Representation: Dianne Tanzer Gallery, Melbourne
Australian Pavilion Giardini

Shaun Gladwell, Apology to Roadkill, production still, videography: Gotaro Uematsu, photography: Josh Raymond, courtesy the artist & Anna Schwartz Gallery.

Artist Shaun Gladwell will present his work in the Australian Pavilion in the Giardini. Influenced by his experiences in Australia’s landscape of the outback, and Mad Max movies, the work is a suite of videos accompanied by sound, photographic and sculptural works.

Gladwell’s work critically engages personal history, memory and contemporary cultural phenomena through performance, video, painting and sculpture. He has exhibited in major national and international exhibitions; including The Mind is a Horse, Bloomberg Space, London (2001) and the Yokohama 2005 Triennale of Contemporary Art, Japan. Gladwell’s work was also represented in the 2006 Biennale in Busan (South Korea) and Sao Paulo (Brazil). In 2008 he exhibited in Sydney and Taipei Biennales. Gladwell was part of the Think with the Senses Feel with the Mind exhibition curated by Robert Storr at the Venice Biennale 2007.

Shaun Gladwell was one of three Australian artists selected by Director Robert Storr to participate in the 52nd International Art Exhibition at Venice Biennale 2007. Gladwell’s Storm Sequence generated positive reviews from a range of international newspapers and journals including Art in America and Frieze magazine. His installation for the Australian pavilion will build upon the foundation of interest and support created by his participation in the 2007 Venice Biennale.

More information:
http://shaungladwell.com

Shaun Gladwell is represented by Anna Schwartz Gallery, Sydney, Melbourne, Australiaiardini
Luis Felipe Noé na Bienal de Veneza

Com uma trajetória de 50 anos marcada pelo compromisso social e a inovação estética, o artista será o representante argentino na mostra plástica mais importante do mundo. León Ferrari obteve o máximo galardão em 2007.
Noé encontra linguagens sempre novas para expressar sua visão sobre as tensões e antagonismos da vida argentina.



A Bienal ficará em cartaz de 7 de junho a 22 de novembro e terá como eixos a encenação de artistas-chave da história da arte que ainda continuam produzindo obras e que constituem claras influências sobre as seguintes gerações. A escolha de Noé se ajusta com precisão a estes lineamentos.
“Sem dúvidas, sua obra é representativa da Argentina no sentido mais profundo, real e simbólico, com todas as suas contradições, idas e voltas, durante o último meio século, no passado, no presente e na soma de ambos: isto é, no futuro ", explicou o crítico Fabián Lebenglik, o curador designado pela Chancelaria argentina para a Bienal.
Noé, por sua vez, confessou que ficou contente ao saber do reconhecimento, “porque entendo que é a minha obra atual e não simplesmente aquela que realizei nos anos ´60. Sinto-me vivo criativamente e não a viúva de um artista que existiu nos ´60”.
Nasceu em Buenos Aires em 1933, o artista integrou entre 1961 e 1965 o grupo Otra Figuración (também conhecido como Nueva Figuración), junto a Ernesto Deira, Rómulo Maccio e Jorge de la Vega, que marcou um ponto de quebra na agitada vida cultural da Argentina nos anos 60.
A obra de Noé representa uma singular conjunção entre vanguarda estética e vanguarda política. A partir da compartimentação da superfície de suas pinturas que já se observam em quadros como “Mambo” (1962) ou “Introdução à esperança” (1963), Noé encontra linguagens sempre novas para expressar sua visão sobre as tensões e antagonismos da vida argentina.
Na Bienal Internacional de Veneza 2007, León Ferrari, outro destacado artista argentino foi reconhecido com o Leão de Ouro por seu compromisso ético e político e pela vigência estética de sua obra, que compreende seis décadas. Ferrari participou dos collages de sua série de L´Osservatore Romano (2001) e a escultura “A civilização ocidental e cristã” (1965), com um Cristo crucificado contra um bombardeiro americano. O diretor da Bienal, Robert Storr, também convidou o argentino Guillermo Kuitca para integrar a mostra central com obras de sua produção recente, que aludem a outros artistas nacionais, como Alfredo Hlito e Lucio Fontana.
Desejo de reencontro

Fonte: Canal Contemporâneo - por Tatiana do Zero Hora, em 19 de fevereiro de 2009

Carlos Vergara, artista que está com grande exposição em Porto Alegre, fala sobre Santa Maria, cidade onde nasceu e à qual não voltou mais
Santa Maria está de olho em um artista que nasceu lá, que construiu uma carreira admirável, de projeção nacional, mas que nunca voltou a sua própria cidade. Trata-se de Carlos Vergara, 67 anos, gaúcho radicado no Rio de Janeiro, atualmente em cartaz no Margs, em Porto Alegre, com a exposição Sagrado Coração, que tem como ponto de partida as ruínas de São Miguel das Missões.
O secretário de Cultura de Santa Maria, o artista plástico Titi Roth, diz que entrará em contato com Carlos Vergara para convidá-lo a expôr na cidade o mais breve possível. O plano é que as obras dos grandes artistas da região (além de Vergara, Carlos Scliar e Iberê Camargo) sejam expostas no Museu de Arte de Santa Maria (Masm). Para que isso aconteça, Roth quer fechar uma parceria com o Margs. Ele fala com entusiasmo da obra de Vergara:
– Ele tem uma pintura extremamente vigorosa e contemporânea. Há toda uma trajetória de brasilidade na cor, nos elementos que ele usa. É uma produção representativa de nossos valores.
Apesar de jamais ter morado no Estado, Vergara colocou o Rio Grande em seu mapa-múndi artístico na mostra Sagrado Coração, um olhar do artista sobre as ruínas de São Miguel das Missões, em cartaz no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Em uma das idas às reduções jesuíticas, no ano passado, o artista sobrevoou sua terra natal e sentiu uma certa nostalgia.
– A Santa Maria, não voltei não por falta de curiosidade, mas de oportunidade – diz. – Iberê Camargo (pintor gaúcho que foi professor de Vergara), que tinha uma relação grande com Santa Maria, tentou mesmo fazer uma exposição minha lá. É uma coisa que ainda está para acontecer. Tomara que aconteça logo.
Carlos Vergara deu entrevista, de seu estúdio em Santa Teresa, no Rio, por telefone. Na oportunidade, vibrava com a expectativa de desfilar no bloco carnavalesco Cariocas do Mundo, formado só por pessoas que vivem no Rio de Janeiro mas que não nasceram lá.
– Já tem até uma ambulância contratada. Pode ser a última entrevista – riu o artista, de 67 anos.

“Quero pisar no chão onde eu nasci”, diz Vergara.

“Diga aí para os nossos conterrâneos, que espero ter oportunidade de fazer alguma coisa em Santa Maria, uma exposição, alguma obra. Soube de dois lugares que me interessariam muito. Um é a velha estação férrea. Talvez eu pudesse fazer uma coisa que não fosse pieguice de novela (risos). Outra são umas águas paradas que Iberê pintou, em 1939 ou 1940, e que ficam na região de Santa Maria. Me interessaria muito visitar esses locais e retrabalhar com olhos contemporâneos uma coisa que ele pintou na época em que eu estava nascendo. Só estou esperando um convite para visitar a cidade, da universidade, da prefeitura. Se me chamarem, eu vou. Sobrevoei Santa Maria, na última vez que fui a São Miguel, ano passado. Mas quero pisar no chão, olhar as colinas, andar, e de repente, descobrir em qual maternidade eu nasci. Quero revisitar os alfarrábios da minha velha certidão de nascimento.”