segunda-feira, 29 de março de 2010

Oscar Cruz abre novo espaço expositivo

Galeria Oscar Cruz abre novo espaço expositivo no dia 30 de março
com mostra coletiva de artistas brasileiros e estrangeiros. Destaque
para a arte contemporânea carioca, com a inauguração da coletiva,
“Com Afeto, Rio”, curada por Bernardo Mosqueira

No dia 30 de março, terça-feira, às 20 horas, o galerista Oscar Cruz inaugura novo espaço de arte contemporânea brasileira e internacional no bairro paulistano do Itaim. A Galeria Oscar Cruz está localizada no endereço da extinta galeria Baró Cruz, agora com novo projeto com um novo e renovado grupo de artistas representados.

Oscar Cruz atua no mercado da arte brasileira e internacional há 15 anos e inicia uma nova fase da sua carreira com propostas para atender o crescente interesse do público por arte contemporânea em grandes exposições e feiras internacionais. Um dos diferenciais da galeria é a forte presença de artistas contemporâneos internacionais com passagens por mostras institucionais como a Bienal de São Paulo e do Mercosul.

Os artistas representados pela Galeria Oscar Cruz são: César Gabler (Chile), Daniel Alcalá (México), Eduardo Basualdo (Argentina), Giulianno Montijo (Brasil), Hernán Salamanco (Argentina), Julio Grinblatt (Argentina), Lina Kim (Brasil), Marcelo Amorim (Brasil), Marco di Giorgio (Brasil), Mariana López (Argentina), Martín di Girolamo (Argentina), Martin Legón (Argentina), Michael Stubbs (Inglaterra), Michael Wesely (Alemanha), Nino Cais (Brasil), Pablo Siquier (Argentina), Rodrigo Cunha (Brasil) e Sebastian Gordín (Argentina).

Michael Wesely (Alemanha)

“O mercado brasileiro de arte contemporânea vem crescendo constantemente e por este motivo carece de novos talentos. Neste sentido, um dos principais projetos da galeria é enfatizar a produção contemporânea, apoiando o surgimento de novos talentos e trabalhando para consolidar e inserir seus artistas no circuito nacional e internacional.”, atesta Oscar Cruz, que atua há 15 anos no mercado paulista e carioca.

Mostras inaugurais

A coletiva no andar térreo reúne pinturas, fotografias, colagem, esculturas, objetos e aquarelas dos artistas representados.

No piso superior é apresentada a coletiva de artistas cariocas Com Afeto, Rio”, organizada pelo jovem curador Bernardo Mosqueira. São apresentados vídeos, fotografias, desenhos, pinturas, performances, objetos e instalações de Alessandro Sartori, Bernardo Ramalho, Coletivo LaRica, Coletivo Opavivará, Daniel Toledo, Daniela Antonelli, Felipe Fernandes, Gilvan Nunes, Glaucia Mayer, Joana Traub Cseko, João Penoni, Julia Cseko, Julia Debasse, Leo Ayres, Pedro Victor Brandão, Pontogor + Julia Pombo, Rodrigo Torres, Susana Guardado, Tiago Rivaldo.

Serviço:

Eventos: exposição de artistas da galeria e coletiva “Com Afeto, Rio”, com curadoria de Bernardo Mosqueira
Abertura:
dia 30 de março, terça-feira, das 19 às 23 horas
Período expositivo: de 31 de março a 10 de maio de 2010
Local: Galeria Oscar Cruz
Endereço: Rua Clodomiro Amazonas, 526, Itaim Bibi - São Paulo, SP
Telefone: (55 11) 3167 0833
Horários de funcionamento: terça a sexta-feira, das 11 às 19 horas; e sábados, das 11 às 17 horas
Entrada franca e Livre
Estacionamento: duas vagas gratuitas em frente à galeria e estacionamento conveniado
próximo

www.galeriaoscarcruz.com

Mais informações para a imprensa:

Adelante Comunicação Cultural

Décio Hernandez Di Giorgi
Tel.: (55 11) 3589 6212 / 8255 3338 (cel.)
E-mail: dgiorgi@uol.com.br
MSN: deciogiorgi@yahoo.com.br

Crítica/"Andy Warhol, Mr. America"

Mostra revela faceta crítica de Warhol

Exposição aponta sarcasmo do artista em relação aos mitos americanos e exibe obras experimentais, além das famosas


O rótulo "artista pop" é muito pequeno para definir Andy Warhol, como se pode perceber na mostra "Andy Warhol, Mr. America", que será aberta no próximo sábado, na Estação Pinacoteca.
A reportagem da Folha viu a exposição em sua primeira montagem, em Bogotá, na Colômbia, no ano passado.
Obviamente, estão nas obras, como nas gravuras de Marilyn Monroe e nas das latas de sopa Campbell's, os elementos que marcam a chamada arte pop, ou seja, o uso de elementos do mundo das celebridades e da publicidade -nessas imagens, Warhol sempre se apropriou de fotos de jornal.
Mas o que a exposição revela com intensidade é, em primeiro lugar, uma faceta crítica, que até então costuma ser atribuída apenas ao pop inglês, onde o movimento surgiu, com a famosa colagem "O que Exatamente Torna os Lares de Hoje Tão diferentes, Tão Atraentes", de Richard Hamilton, de 1956.
Se Warhol não usava ironias em seus títulos, elas estão presentes, contudo, em suas próprias construções. Suas celebridades são maquiadas com cores fortes e berrantes, outro elemento que o caracteriza como pop, mas exibidas após situações de fraqueza. Na série sobre Jackie Kennedy, por exemplo, ela surge não quando estava gerando um padrão de beleza para o país, mas no momento de luto.
É como se Warhol apontasse para o poder ambivalente da imagem que se torna impressa, afinal ela não é capaz de revelar tudo. Nesse sentido, o custo da fama revela-se perverso e sem glamour. Mesmo assim, ao colorir tais imagens, ele apela para a sedução, uma das razões que o tornou a ser tão reconhecido popularmente.
Outro caráter importante da exposição é exibir, junto com os trabalhos mais famosos, sua obra mais experimental, até então normalmente vista em pequenas mostras ou como trabalhos menores. Warhol produziu filmes alternativos em grande quantidade -há 17 deles na exposição- e trabalhou em vários suportes, chegando até a criar ambientes imersivos, como "Silver Clouds" (nuvens prateadas), de 1966, ou "Cow Wallpaper" (papel de parede de vaca), de 1972.
São trabalhos precursores das instalações contemporâneas, que o levam muito além da mera produção pop.
Finalmente, o curador Philip Larratt-Smith acerta ainda ao apontar o caráter sarcástico de Warhol em relação aos mitos americanos. O artista abordou a violência contra os negros, em "Confrontos Raciais", a miséria, em "Desastres do Atum Enlatado", retratou temas tabus como a homossexualidade, a obsessão pela morte e, como se não fosse suficiente, a sociedade do espetáculo.
Assim, quem observa apenas as cores fortes e as imagens sedutoras, fica apenas na superfície da obra de Warhol, mas quem quiser se aprofundar de fato nessas imagens, vai descortinar um mundo não colorido e tampouco atrativo, o que afinal é o retrato da América. (FABIO CYPRIANO)


ANDY WARHOL, MR. AMERICA

Quando: de ter. a dom., das 10h às 18h
Onde: Estação Pinacoteca (lgo. General Osório, 66, Centro, SP, tel.0/ XX/11/ 3335-4990); até 23/5
Quanto: R$ 3 a R$ 6 (sábado, grátis)
Cotação: ótimo