quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sophie Calle - LIVRO & EXPOSIÇÃO


Sophie Calle fará exposição em São Paulo após a Flip

da Folha Online

A artista plástica francesa Sophie Calle vai expor sua obra mais recente,"Cuide de Você" ("Prenez Soin de Vous", no original), em São Paulo. Depois que participar da sétima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que ocorrerá entre os dias 1º e 5 de julho, Calle vem a São Paulo para a exposição, que estará no Sesc Pompéia. A abertura ocorrerá no dia 10 de julho e, no dia 11, a artista falará ao público em palestra aberta. A exposição ficará na capital paulista até o dia 07 de setembro, seguindo depois para Salvador.
O livro que resultou dessa exposição é um dos assuntos que será abordado por Sophie Calle na Flip. Trata-se de uma obra feita a partir de um rompimento amoroso: o antigo companheiro da artista rompeu o relacionamento por e-mail, terminando o texto com a frase "Cuide de você". Ela levou isso ao pé da letra: pediu a 107 mulheres das mais diferentes profissões que lessem e interpretassem o texto, cada uma de acordo com sua especialidade. Atrizes, cantoras, psiquiatras, uma filósofa, uma menina de nove e até mesmo uma cientista forense dissecaram a missiva enquanto eram filmadas por Calle. O conjunto dessas interpretações resultou numa premiada obra que representou a França na Bienal de Veneza, em 2007.

TAKE CARE OF YOURSELF
Autor: CALLE, SOPHIE
Editora: DAP-DISTRIBUTED ART
ISBN: 2742768939
ISBN-13: 9782742768936
Livro em inglês
Encadernado
1ª Edição - 2007
Preço: R$ 371,25 na Livraria Cultura


DIAS & RIEDWEG em NY


Exposição em Nova York enfoca migração e exílio

da Efe, em Nova York


O carioca Maurício Dias e o suíço Walter Riedweg exibem a partir de hoje "...and It Becomes Something Else", um conjunto de obras que explora temas de imigração, exílio e deslocamento, e que poderá ser visto na Americas Society, em Nova York, até o dia 1º de agosto.
Uma das peças mais relevantes da exposição é "Raimundos, Severinos e Franciscos", que fala da imigração interna no Brasil.
Reprodução
"Raimundos, Severinos e Franciscos" (1998), de Mauricio Dias e Walter Riedweg, é um dos destaques da exposição em Nova York

A obra mostra um grupo de porteiros de São Paulo, todos eles chamados Raimundo, Severino ou Francisco, nomes típicos do Nordeste brasileiro, que migraram para trabalhar na construção civil. Muitos destes homens se tornaram zeladores dos edifícios que ajudaram a construir.
"As pessoas que vivem nesses lugares não sabem seus nomes, então nós queríamos reinscrevê-los nesse sistema", declarou Dias.
Outra das peças centrais da exposição é uma instalação sobre o trabalho dos policiais da fronteira entre San Diego (Estados Unidos) e Tijuana (México), que examina o contraste entre a atitude repressiva dos policiais com imigrantes e a afetividade que aqueles têm com os cachorros que os acompanham em sua tarefa.
Na sala em que a peça é exibida, há uma tela que projeta entrevistas com os policiais da fronteira, rodeada por duas paredes repletas de imagens de seus cães e que estão decoradas pelos próprios agentes com estrelas e os nomes dos animais, "humanizando-os e heroicizando-os", nas palavras de Dias.
Para estes artistas, o tema da imigração também contém estereótipos e preconceitos que se originam no mundo ocidental. "Isto faz que alguém possa se transformar em um mero imigrante e não em uma pessoa", diz Dias.
Oriundos de diferentes campos das artes, Dias e Riedweg trabalham juntos há 16 anos e estão radicados no Rio de Janeiro.