terça-feira, 14 de abril de 2009

Becas Fundación Marcelino Botín



Convocatoria: Artes Plásticas 2009 / 2010
Fundación Marcelino Botín

La Fundación Marcelino Botín destina 220.000 euros a Becas de Artes Plásticas para formación, investigación y realización de proyectos personales en el ámbito de la creación artística (no trabajos teóricos), para artistas de cualquier nacionalidad. Deben tener entre 23 y 40 años, para las becas de formación, sin límite de edad para las referidas a investigación.

El tiempo de disfrute de esta beca será de 9 meses. Las becas fuera del lugar de origen, pueden prorrogarse por otro periodo, previa solicitud anual en los plazos de la convocatoria pública.

La ayuda se disfrutará a partir de su concesión, por el periodo pactado y sin interrupción. Es imprescindible su inicio antes de finalizar 2009.

Dotación:
Sin cambio de residencia: 16.000 euros.
Con traslado a otro país, distinto al de su residencia actual: 24.000 euros.
Con traslado a Estados Unidos: 28.000 euros.
Las cantidades anteriores comprenden los conceptos de viajes, alojamiento, manutención, alquiler de estudio, etc. Estas cantidades se incrementarán con el seguro médico y, en caso de las de formación, la matrícula en el centro de formación elegido, previa aceptación del mismo, que serán asumidos por la Fundación Marcelino Botín.

El plazo límite de recepción de solicitudes:
8 de mayo de 2009

Más informaciones sobre las becas, la documentación solicitada y el formulario de solicitud:

Fundación Marcelino Botín
Pedrueca 1
39003 Santander
España

Tel. +34 942 226 072
Fax +34 942 226 045

http://www.fundacionmbotin.org/inicio.asp
fmabotin@fundacionmbotin.org


The Biennale de Lyon 2009



by Artdaily.org

The Biennale de Lyon: 10th edition, will take place from Wednesday September 16, 2009 until Sunday January 3, 2010. An authorial biennale rooted in a museum project The Lyon Biennale stemmed from a project by Lyon’s Museum of Contemporary Art, directed by Thierry Raspail since its inception 1984. From 1984-1988, the Biennale was preceded by an annual event entitled October of the Arts, which ended with the exhibition Colour Alone: The Experience of Monochrome. This retraced the adventure of monochrome, from the beginnings of Impressionism and the historical avant-gardes topical work by artists ranging Malevitch to Anish Kapoor. Staged in various venues around the city, Colour Alone was highly successful, making its mark and illustrating Lyon's potential for hosting an international event, following the Paris Biennale's closure in 1985. event gave rise to the inaugural Lyon Biennale in September 1991.

Panoramic view of Lyon.

The desire to create an event capable of artistic self-renewal while building a stable, long-term project that bonded with its host territory led to an organisational model specific to the Lyon Biennale an Artistic Director builds the event's identity over time, and each edition chooses a curator/ curators with whom he collaborates closely to devise an artistic project.

The Lyon Biennale is therefore truly an authorial biennale and, as Jean-Hubert Martin noted, “a clever of having themes addressed through the personalities of others”. Each biennale provides the opportunity to explore a specific issue. Its nine editions thus far formed three successive trilogies the first devoted to History, the second to Globalisation, and the third to Temporality. They have been curated by an international array of art historians, critics professional curators including Harald Szeemann, Jean-Hubert Martin, Le Consortium (with Robert Nickas and Anne Pontégnie), Stéphanie Moisdon and Hans Ulrich Obrist, and now, in 2009, Hou Hanru.

Cineasta francês filma obscuridade de Iberê Camargo



por Fábio Cypriano da Folha de S. Paulo


Depois de trabalhar com nomes como a performer Marina Abramovic, a coreógrafa Meg Stuart e os artistas plásticos Jan Fabre e Michelangelo Pistoletto, todos bastante radicais em suas respectivas áreas, o cineasta francês Pierre Coulibeuf, nascido em 1949, prepara agora sua nova produção, que traz para a cena o pintor Iberê Camargo (1914-1994).

O filme em 35 mm, que também terá uma versão para uma instalação, será exibido em junho na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, que comissionou a obra de Coulibeuf.

"Vi toda a documentação sobre Iberê e, ao mesmo tempo, descobri o prédio de Siza, que muito me impressionou. Achei muito interessante o arquiteto fazer o edifício inspirado nele e, com isso, achei que tinha elementos significativos para um filme que relacionasse pintura e arquitetura", disse Coulibeuf à Folha.

No início do mês passado, foram realizadas as filmagens para a nova produção de Coulibeuf, na sede da Fundação Iberê Camargo, inaugurada há cerca de um ano, projeto do arquiteto português Álvaro Siza.

"A forma do prédio me levou a pensar na estrutura do filme, concebido como um labirinto percorrido por dois personagens ficcionais", disse o diretor. Os personagens são interpretados por um ator brasileiro, Mateus Walter, e uma bailarina portuguesa radicada em Berlim, Vânia Rovisco.

Sede da Fundação Iberê Camargo, projeto do arquiteto português Álvaro Siza.

"Como sempre em meus trabalhos, trata-se do olhar de um artista sobre outro artista, portanto não será uma biografia do Iberê. Além do mais, o que eu faço é a transposição de alguma área específica, como a performance ou a dança, para a linguagem do cinema. Agora, o tema será a relação entre a pintura e seu habitat", conta.

Livre para entrar na obra de Camargo, Coulibeuf inspirou-se num momento específico, quando o artista gaúcho, depois de viver no Rio, voltou a Porto Alegre.

"O momento de sua carreira que mais me interessou foi o dos anos 1960, que podemos chamar de 'período obscuro' e que relaciono com minhas próprias obsessões", diz. Nessa fase, Camargo aborda uma temática de fato densa, que mergulha em conflitos fundamentais da condição humana, como a solidão.

A Perda



Fonte: ZH


Xico Stockinger foi velado no Margs


O Brasil perdeu no domingo de Páscoa um dos artistas que consolidaram no país a escultura de matriz expressionista. Francisco Alexandre Stockinger inscreveu seu nome na história da arte nacional ainda nos anos 1960 e 1970 ao dar forma a guerreiros e touros que impressionavam pela sua contundência afirmativa. Não eram esculturas serenas, para se deleitar e achar bonito. Eram personagens rijos, forjados a ferro e madeira. O Rio Grande do Sul perdeu uma das figuras que ajudaram a definir o atual cenário cultural do Estado. Nascido na Áustria, educado em São Paulo, iniciado nas artes no Rio de Janeiro, Xico chegou a Porto Alegre em 1954, aos 35 anos, trilhando o caminho inverso do tradicional – do centro para a província. Em um ambiente em que ainda predominava a arte então dita acadêmica, marcada pelo naturalismo nas representações, o artista foi daqueles que irradiou a vertente moderna. Tendo como referência escultores como Henry Moore, Alberto Giacometti e Constantin Brancusi, construiu figuras que se pautavam por sua imagem impositiva, flertando com o grotesco e a total liberdade das formas. Só mais tarde, trabalhando com mármore, ele se deixou guiar pela sensualidade do abstrato. Porto Alegre perdeu um catalisador de forças criativas. Xico fundou o Atelier Livre da prefeitura, presidiu a Associação Chico Lisboa, dirigiu o Margs. Foi professor e participou ativamente de diferentes debates. Membro do Partido Comunista na juventude, mantinha-se à esquerda, malgrado as constantes desilusões. Compôs com Iberê Camargo e Vasco Prado uma espécie de santíssima trindade das artes visuais no Estado. Os amigos do Xico perderam uma companhia generosa e querida. Às vésperas dos 90 anos, ele já não bebia nem comia com o prazer de antes, mas mantinha aceso o bom humor. Surdo, lia lábios e mantinha conversas agradáveis. Sabia-se um grande narrador de histórias. Gostava de cachorros e gatos, inclusive os vira-latas. Não se envaidecia da posição que ocupava. Trabalhava sempre e todos os dias. Morreu em casa e dormindo.

Touro - anos 60