Documentário feito por Carlos Nader apresenta visão particular sobre o grupo
Camila Molina
Acusma, título da obra que o grupo Chelpa Ferro criou no ano passado, significa uma espécie de alucinação sonora. Instalado agora no Sesc Paulista, o trabalho, inédito em São Paulo - já foi apresentado em Belo Horizonte e no Rio -, é formado por 30 vasos de cerâmica diferentes ligados por fios e com alto-falantes de onde saem sons - composições mescladas à atuação de cinco cantores entoando variações de melodias feitas a partir do solfejar de números (1, 2, 3.....). O som é como sempre afirmam os integrantes do Chelpa, Barrão, Sergio Mekler e Luiz Zerbini, "matéria como outra qualquer" para as criações do grupo e em Acusma ele toma todo o espaço expositivo, por ora mais delicadamente, por ora, não, criando uma atmosfera de "transe", diz Mekler.
A exibição dessa obra do grupo, com uma das atuações de mais destaque hoje no cenário brasileiro, vem a marcar o lançamento, hoje, de documentário sobre o Chelpa Ferro realizado pelo diretor Carlos Nader para a série Videobrasil Coleção de Autores. No Sesc Paulista, o público poderá ter contato com as duas criações até janeiro.
Como afirma Sergio Mekler, quando a diretora do Videobrasil, Solange Farkas, convidou Nader (criador de Pan-cinema Permanente sobre o poeta Waly Salomão), para fazer o filme, o Chelpa Ferro, criado no Rio em 1995, não queria aquele esquema habitual de documentário que tem como linha condutora entrevistas com os artistas. "A gente é avesso a falar e explicar nossos trabalhos. Entregamos ao Nader o nosso arquivo de imagens, tudo o que gravamos em ensaios e montagens para ele montar o documentário", conta ainda Mekler. Acrescido a esse material, o diretor também acompanhou, em 2008, o Chelpa durante os preparativos da exposição Jungle Jam, no Museu de Arte Moderna da Bahia, e da obra Totoro, exibida no ano passado na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, incluindo, assim, imagens próprias ao filme.
O resultado do documentário, sexta obra da coleção do Videobrasil, é um filme diferente, em que a costura das passagens pelas obras e pelas falas dos artistas integrantes do grupo não segue uma linearidade. Antes de aparecer, por exemplo, a barulhenta performance que o Chelpa fez na abertura da 25ª Bienal de São Paulo (2002) - por todo o pavilhão do Ibirapuera ecoou os sons da destruição rítmica de um Maverick, está a viagem dos artistas a Veneza, quando representaram o Brasil na 51ª bienal italiana. Ainda como parte do filme há uma entrevista com o curador Moacir dos Anjos sobre o grupo.
SERVIÇO
CHELPA FERRO
Quando: abertura hoje, às 20h (convidados);
ter. a sex., 13h às 21h; sáb. e dom., 11h às 20h; até 31/1
Onde: Sesc Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179 3700); livre
Quanto: entrada franca
Camila Molina
Acusma, título da obra que o grupo Chelpa Ferro criou no ano passado, significa uma espécie de alucinação sonora. Instalado agora no Sesc Paulista, o trabalho, inédito em São Paulo - já foi apresentado em Belo Horizonte e no Rio -, é formado por 30 vasos de cerâmica diferentes ligados por fios e com alto-falantes de onde saem sons - composições mescladas à atuação de cinco cantores entoando variações de melodias feitas a partir do solfejar de números (1, 2, 3.....). O som é como sempre afirmam os integrantes do Chelpa, Barrão, Sergio Mekler e Luiz Zerbini, "matéria como outra qualquer" para as criações do grupo e em Acusma ele toma todo o espaço expositivo, por ora mais delicadamente, por ora, não, criando uma atmosfera de "transe", diz Mekler.
A exibição dessa obra do grupo, com uma das atuações de mais destaque hoje no cenário brasileiro, vem a marcar o lançamento, hoje, de documentário sobre o Chelpa Ferro realizado pelo diretor Carlos Nader para a série Videobrasil Coleção de Autores. No Sesc Paulista, o público poderá ter contato com as duas criações até janeiro.
Como afirma Sergio Mekler, quando a diretora do Videobrasil, Solange Farkas, convidou Nader (criador de Pan-cinema Permanente sobre o poeta Waly Salomão), para fazer o filme, o Chelpa Ferro, criado no Rio em 1995, não queria aquele esquema habitual de documentário que tem como linha condutora entrevistas com os artistas. "A gente é avesso a falar e explicar nossos trabalhos. Entregamos ao Nader o nosso arquivo de imagens, tudo o que gravamos em ensaios e montagens para ele montar o documentário", conta ainda Mekler. Acrescido a esse material, o diretor também acompanhou, em 2008, o Chelpa durante os preparativos da exposição Jungle Jam, no Museu de Arte Moderna da Bahia, e da obra Totoro, exibida no ano passado na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, incluindo, assim, imagens próprias ao filme.
O resultado do documentário, sexta obra da coleção do Videobrasil, é um filme diferente, em que a costura das passagens pelas obras e pelas falas dos artistas integrantes do grupo não segue uma linearidade. Antes de aparecer, por exemplo, a barulhenta performance que o Chelpa fez na abertura da 25ª Bienal de São Paulo (2002) - por todo o pavilhão do Ibirapuera ecoou os sons da destruição rítmica de um Maverick, está a viagem dos artistas a Veneza, quando representaram o Brasil na 51ª bienal italiana. Ainda como parte do filme há uma entrevista com o curador Moacir dos Anjos sobre o grupo.
SERVIÇO
CHELPA FERRO
Quando: abertura hoje, às 20h (convidados);
ter. a sex., 13h às 21h; sáb. e dom., 11h às 20h; até 31/1
Onde: Sesc Paulista (av. Paulista, 119, tel. 3179 3700); livre
Quanto: entrada franca
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