Um pintor que não quer que nenhum de seus trabalhos sobreviva à sua morte recebeu um dos prêmios mais importantes de arte contemporânea nesta segunda-feira.
Richard Wright, de 49 anos, venceu o favorito das apostas Roger Hiorns e ficou com o Turner britânico, um prêmio anual que costuma provocar polêmica sobre o que é ou não arte.
Mais conhecido por seus afrescos matematicamente precisos, Wright parece uma escolha estranhamente monótona em comparação aos associados ao Turner, geralmente enfants terribles da arte contemporânea.
Damien Hirst ganhou o Turner em 1995 com uma vaca embriagada e Chris Ofili provocou polêmica em 1998 com trabalhos que incorporavam esterco de elefante.
A peça em exibição de Wright é uma pintura de estilo barroco em folha de ouro, que evoluiu em redemoinhos geométricos por uma parede. Sua obra tem a beleza efêmera de uma teia de aranha, algo criado com detalhismo, mas que não vai durar.
"Eu gosto da ideia de não restar nada quando eu me for", disse Wright, cuja obra será coberta com tinta depois que a exibição terminar em janeiro.
Wright recebe um cheque de 25.000 libras (41.120 dólares). Os outros finalistas -- Enrico David, Roger Hiorns e Lucy Skaer -- recebem um cheque de 5.000 libras cada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário