No fim de 2009, o nome do artista plástico carioca Hélio Oiticica (1937-1980) virou notícia após um incêndio atingir parte de suas obras. Deixando a tragédia de lado, o Itaú Cultural abre amanhã para convidados, e domingo para o público, a exposição "Hélio Oiticica - Museu É o Mundo". A mostra, que entrelaça os escritos e a obra do artista experimental, marca ainda os 30 anos de sua morte.
Com curadoria de César Oiticica Filho, sobrinho do artista, e Fernando Cocchiarale, é a maior exposição de Oiticica em São Paulo. O evento, que vai ocupar três andares do instituto, traz 100 peças, das quais 65 pertencem à coleção da família. "A exposição é um resumo panorâmico dos trabalhos feitos por Hélio desde o início do Grupo Frente (núcleo do concretismo carioca) até os anos 1970", explica Cocchiarale.
Em destaque estão 15 Bólides (caixas), 12 Parangolés (capas), oito Penetráveis (instalação) e uma Cosmococa (instalações com projeção de fotos e música). Junto das obras, anotações de Oiticica.
Para César, o aspecto mais ambicioso da exposição é extrapolar a galeria. Seguindo o nome da mostra, uma citação do artista, a curadoria vai levar cinco Penetráveis para outros espaços da cidade. As obras poderão ser vistas na Casa das Rosas, Teatro Oficina, Pinacoteca do Estado, Parque Mário Covas e Ibirapuera. "A ideia é atingir quem está na rua, amplificando o alcance da mostra."
Museu é o Mundo. Itaú Cultural: Avenida Paulista, 149. Tel. (011) 2168-1776. Amanhã, somente convidados.
De 21 de março a 16 de maio. Ter. a sex., das 9h às 20h. Sáb., dom. e feriados, das 11h às 20h. Grátis. Livre.
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