Uma estrutura metálica, espécie de jaula vigiada por câmeras, toma todo o espaço da galeria Luciana Brito (r. Gomes de Carvalho, 842, tel. 3842-0634). A instalação de Ricardo Basbaum, obra central da individual do artista aberta hoje, força o público a fazer uma performance compulsória, à medida que avança pelo corredor e dribla os obstáculos no chão.
"A estrutura tem um chamado ao corpo", diz Basbaum, 48. "Tudo tem uma noção de ritmo, de corpo."
Retomando ideias de sua obra na Documenta de 2007, uma série de salas construídas com grades metálicas, o que muda é o caráter mais violento da nova obra. "A estrutura de metal é agressiva, mas não ostensiva. Tem também sua sedução", diz o artista. "O trabalho abriga, mas ao mesmo tempo faz tropeçar, propõe limites, conformações ao corpo."
Com um diagrama na parede que lembra células e suas membranas, Basbaum tenta reforçar aqui a conexão entre biologia e arquitetura, a percussão natural e as batidas contra grades de ferro.
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