Por Bruno Cobalchini Mattos/Jornal Já
Os preparativos para a sétima Bienal do Mercosul, que ocorre em Porto Alegre de 16 de outubro a 29 de novembro, entraram na etapa final final.
“Grito e Escuta” é o título do evento, que apresenta este ano uma mudança metodológica.
A ênfase será no processo de criação – e não em um tema específico. O objetivo é apresentar as diversas etapas da criação de uma obra de arte, mostrando como, por quem e – principalmente – por que razão elas são produzidas.
Além disso, serão mostrados os diferentes papéis e função que os artistas assumem junto à sociedade.
A argentina Victoria Noorthoorn (curadora geral da exposição ao lado do chileno Camilo Yáñez) esteve em Porto Alegre para a Mesa de Encontros, onde foram apresentadas as principais diretrizes do evento.
Em seguida, teve início o Curso de Mediadores, responsável pela formação da equipe que fará contato com o público nas diversas instalações.
Agora, em agosto, começam as oficinas dos artistas em residência.
O objetivo é aproximar os artistas da Bienal dos cidadãos, através de oficinas que ocorrerão em espaços públicos diversos, tais como escolas, praças e parques.
Nas diversas atividades os participantes poderão desenvolver suas próprias obras. A ideia é desmistificar a prática artística mostrando que, assim como qualquer outra, é uma atividade que depende mais de pesquisa, trabalho e dedicação, sendo possível a qualquer pessoa e independendo de algum “dom divino”.
Outra novidade da 7ª Bienal do Mercosul é o projeto radiovisual, que pretende ampliar ao máximo o público atingido pelo evento.
A rádio FM Cultura de Porto Alegre irá levar ao ar diariamente um programa de uma hora que contará com depoimentos de artistas, mediadores, curadores e, principalmente, do público das exposições.
Ao que tudo indica, esta será a Bienal do Mercosul de maior alcance desde a sua criação, doze anos atrás.
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