Artistas abrem hoje exposição nos Jardins, em que apresentam obras e promovem conversas com o público
fonte: O Estado de S. Paulo
Um casarão da década de 1930 vazio no nobre bairro paulistano do Jardim Europa é um "elefante branco" para a nossa época, mas, ao mesmo tempo, um espaço prolífico para abrigar uma exposição de arte contemporânea por seus cômodos e lugares (internos e externos) com obras que dialogam com sua arquitetura. Há cerca de um ano um grupo de artistas teve a ideia de ocupar a casa com uma mostra viva, que, a partir de hoje e até dia 26 pode ser vista, apresentando no local criações de Alexandre Fehr, Ana Paula Oliveira, Antônio Brasiliano, Cibele Lucena, Eduardo Verderame, grupo Esquizotrans, Flávia Sammarone, as irmãs Joana Traub Csekö e Júlia Csekö, Marcos Vilas Boas, Mônica Rizzolli, Peetssa, Renato Pera, Rodrigo Araújo e Túlio Tavares.
Pela própria definição do que o casarão representava, vazio, para esses artistas - e para qualquer um -, a exposição ganhou o nome de Elefante Branco, mas esse título ainda abre janelas de metáforas relacionadas ao sistema artístico, uma delas, a de que mostras têm se tornado espetáculos de caráter vultoso e inflado nas quais o que prevalece são conceitos de curadores e não as obras de arte em si, tampouco, a experiência do observador. Por isso, Elefante Branco tem o frescor de seu caráter experimental e de reflexão, já que também abarca a realização, aos sábados (a partir do dia 11), às 17 horas, de conversas abertas ao público com os participantes da mostra (têm entre 28 e 39 anos) e com os críticos André Mesquita, Cauê Alves, Fabiane Borges, Flávia Vivacqua e Ricardo Ramalho. "Artistas e pensadores são convidados a estabelecer diálogos entre si, estabelecer redes com corpos vivos e a casa, adensar a experimentação, expor o que está escondido: um movimento cultural como obra de arte", é a definição da ação por seus integrantes, como se pode ver no blog elefantebranco2009.wordpress.com.
O mais interessante desse "movimento cultural", organizado por Alexandre Fehr, Eduardo Verderame e Túlio Tavares é de que a ação não pretende ser uma afirmação de marginalidade, mas uma exposição plástica, com todos os seus códigos usuais e estrutura expositiva. "A exposição foi feita com cerca de R$ 2 mil a R$ 3 mil do grupo", conta Fehr. É um trabalho de colaboração, feito em rede, e, ao mesmo tempo, como diz Tavares, são mostras individuais dos artistas sem que cada um tenha pensado a relação com o espaço especial para criar sua obra (a casa, que pertence à família de um dos participantes, pode ser tratada como um amplo e temporário site specific).
O visitante/espectador pode, assim, adentrar na poética ou universo de cada uma das obras de Elefante Branco. Há os trabalhos de caráter político, como de Peetssa, Brasiliano e Verderame; os que tratam da questão da memória (até relacionada com o tema casa), de Flávia Sammarone e Júlia Csekö; desenhos intimistas de Mônica Rizzoli; ou a poderosa instalação escultórica de Ana Paula Oliveira.
Um casarão da década de 1930 vazio no nobre bairro paulistano do Jardim Europa é um "elefante branco" para a nossa época, mas, ao mesmo tempo, um espaço prolífico para abrigar uma exposição de arte contemporânea por seus cômodos e lugares (internos e externos) com obras que dialogam com sua arquitetura. Há cerca de um ano um grupo de artistas teve a ideia de ocupar a casa com uma mostra viva, que, a partir de hoje e até dia 26 pode ser vista, apresentando no local criações de Alexandre Fehr, Ana Paula Oliveira, Antônio Brasiliano, Cibele Lucena, Eduardo Verderame, grupo Esquizotrans, Flávia Sammarone, as irmãs Joana Traub Csekö e Júlia Csekö, Marcos Vilas Boas, Mônica Rizzolli, Peetssa, Renato Pera, Rodrigo Araújo e Túlio Tavares.
Pela própria definição do que o casarão representava, vazio, para esses artistas - e para qualquer um -, a exposição ganhou o nome de Elefante Branco, mas esse título ainda abre janelas de metáforas relacionadas ao sistema artístico, uma delas, a de que mostras têm se tornado espetáculos de caráter vultoso e inflado nas quais o que prevalece são conceitos de curadores e não as obras de arte em si, tampouco, a experiência do observador. Por isso, Elefante Branco tem o frescor de seu caráter experimental e de reflexão, já que também abarca a realização, aos sábados (a partir do dia 11), às 17 horas, de conversas abertas ao público com os participantes da mostra (têm entre 28 e 39 anos) e com os críticos André Mesquita, Cauê Alves, Fabiane Borges, Flávia Vivacqua e Ricardo Ramalho. "Artistas e pensadores são convidados a estabelecer diálogos entre si, estabelecer redes com corpos vivos e a casa, adensar a experimentação, expor o que está escondido: um movimento cultural como obra de arte", é a definição da ação por seus integrantes, como se pode ver no blog elefantebranco2009.wordpress.com.
O mais interessante desse "movimento cultural", organizado por Alexandre Fehr, Eduardo Verderame e Túlio Tavares é de que a ação não pretende ser uma afirmação de marginalidade, mas uma exposição plástica, com todos os seus códigos usuais e estrutura expositiva. "A exposição foi feita com cerca de R$ 2 mil a R$ 3 mil do grupo", conta Fehr. É um trabalho de colaboração, feito em rede, e, ao mesmo tempo, como diz Tavares, são mostras individuais dos artistas sem que cada um tenha pensado a relação com o espaço especial para criar sua obra (a casa, que pertence à família de um dos participantes, pode ser tratada como um amplo e temporário site specific).
O visitante/espectador pode, assim, adentrar na poética ou universo de cada uma das obras de Elefante Branco. Há os trabalhos de caráter político, como de Peetssa, Brasiliano e Verderame; os que tratam da questão da memória (até relacionada com o tema casa), de Flávia Sammarone e Júlia Csekö; desenhos intimistas de Mônica Rizzoli; ou a poderosa instalação escultórica de Ana Paula Oliveira.
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