Caio Barreto Briso da Folha Online, no Rio
Após o incêndio que destruiu grande parte do acervo do artista plástico Hélio Oiticica (1937-1980), na madrugada de sábado no Rio, a gestora do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Ana Durães, criticou o destino que é dado ao acervo de muitos artistas mortos no Brasil.
"Não raro, as obras são mantidas pela família, mas elas fazem parte do patrimônio cultural da humanidade", disse em entrevista à Folha. Segundo ela, as obras deveriam ser integradas ao acervo de museus.
O curador do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), Luiz Camillo Osorio, discorda. "Ela diz conceitualmente que é patrimônio da humanidade. Legalmente, a obra é da família."
Osorio diz que falta aos museus brasileiros uma política de aquisição de obras. "É um problema de gestão dos museus."
No entanto, Durães admite que o próprio Centro Hélio Oiticica não teria condições de receber o acervo do artista. As obras dele eram mantidas na casa do irmão, César Oiticica, no Jardim Botânico (zona sul) que se incendiou.
"Nosso espaço é um centro de arte, preparado para receber exposições temporárias, não temos estrutura museológica para manter um acervo permanente", disse Durães.
Na direção oposta, a secretária municipal de Cultura do Rio, Jandira Feghali, disse que o espaço teria condições de manter as obras de Oiticica. Afirmou que a secretaria tentou levar o acervo do artista para o centro várias vezes.
César nega: "Se tivesse acontecido teríamos dado gargalhadas. Lá não há segurança nem controle de umidade."
Restauração
César disse que foram achados ontem, em bom estado de preservação, cinco obras do seu irmão, que estavam no meio das cinzas. São dois relevos (um espacial e um de parede), dois bilaterais e a maquete do projeto "Cães de Caça", um penetrável que nunca foi montado.
A restauração das obras será coordenada pela americana Wynne Phelan, que já fez a restauração de quase toda a obra de Hélio Oiticica em 2006.
"Não raro, as obras são mantidas pela família, mas elas fazem parte do patrimônio cultural da humanidade", disse em entrevista à Folha. Segundo ela, as obras deveriam ser integradas ao acervo de museus.
O curador do Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), Luiz Camillo Osorio, discorda. "Ela diz conceitualmente que é patrimônio da humanidade. Legalmente, a obra é da família."
Osorio diz que falta aos museus brasileiros uma política de aquisição de obras. "É um problema de gestão dos museus."
No entanto, Durães admite que o próprio Centro Hélio Oiticica não teria condições de receber o acervo do artista. As obras dele eram mantidas na casa do irmão, César Oiticica, no Jardim Botânico (zona sul) que se incendiou.
"Nosso espaço é um centro de arte, preparado para receber exposições temporárias, não temos estrutura museológica para manter um acervo permanente", disse Durães.
Na direção oposta, a secretária municipal de Cultura do Rio, Jandira Feghali, disse que o espaço teria condições de manter as obras de Oiticica. Afirmou que a secretaria tentou levar o acervo do artista para o centro várias vezes.
César nega: "Se tivesse acontecido teríamos dado gargalhadas. Lá não há segurança nem controle de umidade."
Restauração
César disse que foram achados ontem, em bom estado de preservação, cinco obras do seu irmão, que estavam no meio das cinzas. São dois relevos (um espacial e um de parede), dois bilaterais e a maquete do projeto "Cães de Caça", um penetrável que nunca foi montado.
A restauração das obras será coordenada pela americana Wynne Phelan, que já fez a restauração de quase toda a obra de Hélio Oiticica em 2006.
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