sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bienal de SP ainda deve aos artistas

Pelo menos 8 participantes da mostra ainda não receberam

Existem "pequenos saldos devedores e créditos a receber decorrentes da realização da 28ª Bienal", afirma a fundação

por Silas Martí da Folha de SP

Quase três meses após o fim da 28ª Bienal de São Paulo, pelo menos oito dos 41 artistas na mostra ainda não foram pagos por sua participação, ou tiveram apenas parte do cachê depositado. A Fundação Bienal também deixou de pagar fornecedores desses artistas e de bancar custos de produção.
Segundo apurou a Folha, a instituição deve cerca de R$ 1 milhão em pendências da última Bienal, que teve R$ 9 milhões de orçamento total.
Procurados pela reportagem, o presidente da Fundação Bienal, Manoel Francisco Pires da Costa, e os responsáveis pelo departamento financeiro não quiseram comentar o assunto. Em e-mail, a assessoria de imprensa da fundação afirmou apenas: "Existem, ainda, alguns pequenos saldos devedores e créditos a receber decorrentes da realização da 28ª Bienal de São Paulo. Estes ajustes estão acontecendo dentro da normalidade".
Normalmente um artista convidado recebe um cachê pela participação na mostra e tem os custos de produção financiados pela Fundação Bienal, embora o reembolso, como na 27ª edição, possa levar 18 meses.
"As únicas memórias que tenho da Bienal são problemas", disse o artista colombiano Gabriel Sierra, 33, à Folha. "É como um jogo de gato e rato."
Sierra passou meses em São Paulo bancado pela Bienal enquanto desenhava o mobiliário usado na exposição, mas até o fechamento desta edição tinha US$ 3.000 a receber dos organizadores do evento.
"Houve uma quantidade de injustiças que fizeram comigo, mentiram para mim", disse o artista Nicolás Robbio, 34, argentino radicado em São Paulo que tem R$ 5.000 a receber.
"Eu tive o mesmo problema na última Bienal [em 2006], isso me parece mais um procedimento recorrente do que um problema desta edição", afirma a artista Mabe Bethônico, 43, que organizou um ciclo de palestras para a 28ª Bienal.
"Tinha um constrangimento da curadoria que me contratou dessa vez porque todo mundo sabia o que eu já havia passado lá dentro", diz Bethônico, que recebeu por sua participação na Bienal de 2006 com um ano e meio de atraso, quando já havia começado o projeto para a edição de 2008 da exposição.

Mais grave do que não receber, na opinião da artista, é não ter como pagar assistentes e fornecedores. "É uma situação constrangedora para o artista", diz Bethônico. Na mesma situação, Dora Longo Bahia, que também não recebeu cachê, e sua galerista, Luisa Strina, gastaram cerca de R$ 20 mil para pagar seus oito assistentes.
"A Bienal ficou de pagar, correr atrás de patrocínio e não fez isso", conta Longo Bahia, 47, que disse também não ter autorização para ligar as luzes quando trabalhava à noite.

Gringos
Tentando evitar mais estresse, alguns artistas estrangeiros, como o norte-americano Casey Spooner, do duo eletrônico Fischerspooner, o argentino Martiniano López-Crozet e a mexicana Milena Muzquiz, do Los Super Elegantes, foram mais duros na negociação.
Spooner se recusou a pegar o avião para fazer sua performance no Brasil até que depositassem o cachê na sua conta, enquanto López-Crozet e Muzquiz esperaram mais de três meses para receber, sendo que tiveram o dinheiro depositado só quando ameaçaram falar sobre o caso numa entrevista ao jornal "The New York Times".

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009



Excelente trabalho, vale a pena ver o site deste artista.

Australian Pavilion Giardini 2

Ludoteca

Sydney-based curator Felicity Fenner will curate a group exhibition of early career artists at The Ludoteca, a former convent in the Castello district between the Giardini and the Arsenale. The exhibition ONCE REMOVED, will present artists – Vernon Ah Kee, Ken Yonetani, and Claire Healy & Sean Cordeiro – through a series of installations unified by themes of displacement, Indigenous and environmental issues.
This exhibition will resonant with international audiences with its themes of displacement and environmental issues, while also revealing a diversity of work by early career Australian artists.

Vernon Ah Kee












Vernon Ah Kee, Cant Chant, Institute of Modern Art, Brisbane, 2007 (installation view)


Vernon Ah Kee creates work dealing with issues facing Australian Indigenous culture in a post-colonial society. He is best known for his monumentally scaled pencil portraits of Aboriginal family members, who gaze defiantly at the viewer.
Vernon Ah Kee is a younger generation Indigenous artist who lives and works in Brisbane, Queensland. He received his doctorate in Visual Arts from Queensland College of the Arts in 2007. His work explores Australian Indigenous and non-Indigenous culture in contemporary society. Using text, video and drawing, Ah Kee references past racial atrocities and the way they resonant in the present context.

Artist Representation Milani Gallery, Brisbane
Claire Healy & Sean Cordeiro














Claire Healy & Sean Cordeiro, Deceased Estate, Glashaus Gallery, Weil, am Rhein, Germany, 2004


Claire Healy & Sean Cordeiro explore the space between creation and consumption, questioning the layers that disguise the simple economics that underscore our increasingly complex lives. Their site-specific investigations of certain places are also investigations into the perception of the way things shift. Their art material is often found on site, recycled and reused in works that ponder the material and immaterial value of everyday objects. The artists’ explorations into formality, materiality, accumulation and transition manifest in works that relate closely either to the site in which they’re presented or from whence they derive.
More information: http://www.claireandsean.com/
Artists Representation: Barry Keldoulis Gallery, Sydney

Ken Yonetani














Ken Yonetani, Sweet Barrier Reef, Adelaide Biennial of Australian Art, 2008


Australian based Japanese artist Ken Yonetani creates sculptural installations made from ceramics and other similarly fragile materials. His work draws on the traditions of his Japanese cultural heritage to address contemporary environmental crises facing many parts of the world.
Ken Yonetani was born in Japan in 1971, where he studied pottery under the master Toshio Kinjo. He moved to Australia in 2003, gaining an MA from the Australian National University’s School of Art in 2005. Yonetani’s current work uses fragile and ephemeral materials as a metaphor for modern day consumerism and destruction of the natural environment.
More Information: www.diannetanzergallery.net.au
Artists Representation: Dianne Tanzer Gallery, Melbourne
Australian Pavilion Giardini

Shaun Gladwell, Apology to Roadkill, production still, videography: Gotaro Uematsu, photography: Josh Raymond, courtesy the artist & Anna Schwartz Gallery.

Artist Shaun Gladwell will present his work in the Australian Pavilion in the Giardini. Influenced by his experiences in Australia’s landscape of the outback, and Mad Max movies, the work is a suite of videos accompanied by sound, photographic and sculptural works.

Gladwell’s work critically engages personal history, memory and contemporary cultural phenomena through performance, video, painting and sculpture. He has exhibited in major national and international exhibitions; including The Mind is a Horse, Bloomberg Space, London (2001) and the Yokohama 2005 Triennale of Contemporary Art, Japan. Gladwell’s work was also represented in the 2006 Biennale in Busan (South Korea) and Sao Paulo (Brazil). In 2008 he exhibited in Sydney and Taipei Biennales. Gladwell was part of the Think with the Senses Feel with the Mind exhibition curated by Robert Storr at the Venice Biennale 2007.

Shaun Gladwell was one of three Australian artists selected by Director Robert Storr to participate in the 52nd International Art Exhibition at Venice Biennale 2007. Gladwell’s Storm Sequence generated positive reviews from a range of international newspapers and journals including Art in America and Frieze magazine. His installation for the Australian pavilion will build upon the foundation of interest and support created by his participation in the 2007 Venice Biennale.

More information:
http://shaungladwell.com

Shaun Gladwell is represented by Anna Schwartz Gallery, Sydney, Melbourne, Australiaiardini
Luis Felipe Noé na Bienal de Veneza

Com uma trajetória de 50 anos marcada pelo compromisso social e a inovação estética, o artista será o representante argentino na mostra plástica mais importante do mundo. León Ferrari obteve o máximo galardão em 2007.
Noé encontra linguagens sempre novas para expressar sua visão sobre as tensões e antagonismos da vida argentina.



A Bienal ficará em cartaz de 7 de junho a 22 de novembro e terá como eixos a encenação de artistas-chave da história da arte que ainda continuam produzindo obras e que constituem claras influências sobre as seguintes gerações. A escolha de Noé se ajusta com precisão a estes lineamentos.
“Sem dúvidas, sua obra é representativa da Argentina no sentido mais profundo, real e simbólico, com todas as suas contradições, idas e voltas, durante o último meio século, no passado, no presente e na soma de ambos: isto é, no futuro ", explicou o crítico Fabián Lebenglik, o curador designado pela Chancelaria argentina para a Bienal.
Noé, por sua vez, confessou que ficou contente ao saber do reconhecimento, “porque entendo que é a minha obra atual e não simplesmente aquela que realizei nos anos ´60. Sinto-me vivo criativamente e não a viúva de um artista que existiu nos ´60”.
Nasceu em Buenos Aires em 1933, o artista integrou entre 1961 e 1965 o grupo Otra Figuración (também conhecido como Nueva Figuración), junto a Ernesto Deira, Rómulo Maccio e Jorge de la Vega, que marcou um ponto de quebra na agitada vida cultural da Argentina nos anos 60.
A obra de Noé representa uma singular conjunção entre vanguarda estética e vanguarda política. A partir da compartimentação da superfície de suas pinturas que já se observam em quadros como “Mambo” (1962) ou “Introdução à esperança” (1963), Noé encontra linguagens sempre novas para expressar sua visão sobre as tensões e antagonismos da vida argentina.
Na Bienal Internacional de Veneza 2007, León Ferrari, outro destacado artista argentino foi reconhecido com o Leão de Ouro por seu compromisso ético e político e pela vigência estética de sua obra, que compreende seis décadas. Ferrari participou dos collages de sua série de L´Osservatore Romano (2001) e a escultura “A civilização ocidental e cristã” (1965), com um Cristo crucificado contra um bombardeiro americano. O diretor da Bienal, Robert Storr, também convidou o argentino Guillermo Kuitca para integrar a mostra central com obras de sua produção recente, que aludem a outros artistas nacionais, como Alfredo Hlito e Lucio Fontana.
Desejo de reencontro

Fonte: Canal Contemporâneo - por Tatiana do Zero Hora, em 19 de fevereiro de 2009

Carlos Vergara, artista que está com grande exposição em Porto Alegre, fala sobre Santa Maria, cidade onde nasceu e à qual não voltou mais
Santa Maria está de olho em um artista que nasceu lá, que construiu uma carreira admirável, de projeção nacional, mas que nunca voltou a sua própria cidade. Trata-se de Carlos Vergara, 67 anos, gaúcho radicado no Rio de Janeiro, atualmente em cartaz no Margs, em Porto Alegre, com a exposição Sagrado Coração, que tem como ponto de partida as ruínas de São Miguel das Missões.
O secretário de Cultura de Santa Maria, o artista plástico Titi Roth, diz que entrará em contato com Carlos Vergara para convidá-lo a expôr na cidade o mais breve possível. O plano é que as obras dos grandes artistas da região (além de Vergara, Carlos Scliar e Iberê Camargo) sejam expostas no Museu de Arte de Santa Maria (Masm). Para que isso aconteça, Roth quer fechar uma parceria com o Margs. Ele fala com entusiasmo da obra de Vergara:
– Ele tem uma pintura extremamente vigorosa e contemporânea. Há toda uma trajetória de brasilidade na cor, nos elementos que ele usa. É uma produção representativa de nossos valores.
Apesar de jamais ter morado no Estado, Vergara colocou o Rio Grande em seu mapa-múndi artístico na mostra Sagrado Coração, um olhar do artista sobre as ruínas de São Miguel das Missões, em cartaz no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs). Em uma das idas às reduções jesuíticas, no ano passado, o artista sobrevoou sua terra natal e sentiu uma certa nostalgia.
– A Santa Maria, não voltei não por falta de curiosidade, mas de oportunidade – diz. – Iberê Camargo (pintor gaúcho que foi professor de Vergara), que tinha uma relação grande com Santa Maria, tentou mesmo fazer uma exposição minha lá. É uma coisa que ainda está para acontecer. Tomara que aconteça logo.
Carlos Vergara deu entrevista, de seu estúdio em Santa Teresa, no Rio, por telefone. Na oportunidade, vibrava com a expectativa de desfilar no bloco carnavalesco Cariocas do Mundo, formado só por pessoas que vivem no Rio de Janeiro mas que não nasceram lá.
– Já tem até uma ambulância contratada. Pode ser a última entrevista – riu o artista, de 67 anos.

“Quero pisar no chão onde eu nasci”, diz Vergara.

“Diga aí para os nossos conterrâneos, que espero ter oportunidade de fazer alguma coisa em Santa Maria, uma exposição, alguma obra. Soube de dois lugares que me interessariam muito. Um é a velha estação férrea. Talvez eu pudesse fazer uma coisa que não fosse pieguice de novela (risos). Outra são umas águas paradas que Iberê pintou, em 1939 ou 1940, e que ficam na região de Santa Maria. Me interessaria muito visitar esses locais e retrabalhar com olhos contemporâneos uma coisa que ele pintou na época em que eu estava nascendo. Só estou esperando um convite para visitar a cidade, da universidade, da prefeitura. Se me chamarem, eu vou. Sobrevoei Santa Maria, na última vez que fui a São Miguel, ano passado. Mas quero pisar no chão, olhar as colinas, andar, e de repente, descobrir em qual maternidade eu nasci. Quero revisitar os alfarrábios da minha velha certidão de nascimento.”

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Steve MCqueen to represent britain at the 2009 Venice Biennale

Born in London in 1969, McQueen works predominantly in film and is considered one of Britain’s most influential artists. He was awarded the first ICA Futures Award in 1996, the Turner Prize in 1999 and an OBE in 2002. His work is represented in museum collections throughout the world and he has shown widely in important group and solo exhibitions. These include Documenta X and XI, the 50th and 52nd Venice Biennales, Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris, Museu Serralves, Oporto, Fondazione Prada, Milan, and the Renaissance Society, Chicago.
As Official War Artist to Iraq, commissioned by the Imperial War Museum in 2003, McQueen generated international media attention with one of his rare non-film works Queen and Country. His first feature film Hunger, commissioned by Channel 4/Film 4, won both the Camera d’Or and an International Film Critics Federation Prize at the 2008 Cannes Film Festival, in addition to the inaugural Sydney Film Prize, for best film at the Sydney Film Festival.
Deadpan 1997, 16mm black and white film, without sound transferred to DVD - 4min 30sec

Steve McQueen is represented by Thomas Dane Gallery, London and Marian Goodman Gallery, New York and Paris. He lives and works in Amsterdam and London.

For more information please contact Eleanor Hutchins on +44 (0) 207 389 4981 or email Eleanor.Hutchins@britishcouncil.org.

McQueen is represented by Thomas Dane Gallery, London. For inquiries please contact Martine d'Angelejan-Chatillon at martine@thomasdane.com or phone +44 (0)20 7925 2505. For further information about the gallery, please visit www.thomasdane.com

The British Council works with an advisory committee of leading arts professionals across the UK who advises on the artist selection for the Venice Biennale every two years. This is to ensure that the selection process is transparent and broadly based. The advisory committee met on June 19 2008 and was made up of:

- Martin Barlow, Director Oriel Mostyn, Llandudno
- Katrina Brown, Director The Common Guild, Glasgow
- Penelope Curtis, Curator Henry Moore Institute, Leeds
- Stephen Deuchar, Director Tate Britain
- Alex Farquharson, Director Centre for Contemporary Art, Nottingham
- Jack Persekian, Director Al Ma’mal Foundation, East Jerusalem
- Declan McGonagle, Chair in Art & Design & Director School of Art and Design, University of Ulster, Belfast
- Magdalene Odundo, Professor of Ceramics, University College of the Creative Arts, Farnham
- Richard Riley, Head of Exhibitions, British Council
- Adrian Searle, Chief Critic, The Guardian
- Chair: Andrea Rose, Director of Visual Arts, British Council

If you are interested in the minutes of the meeting, you can download them here.

The 53rd International Art Exhibition in Venice will run Sunday 7th June – Sunday 22nd November 2009. Next year the British Council will be celebrating its 75th Anniversary. It has commissioned artists to represent Britain at the Venice Biennale to celebrate the best of emerging and established British artistic talent since 1938, including Barbara Hepworth, Henry Moore, Bridget Riley, Anish Kapoor, Mark Wallinger, Paul Nash, Gilbert & George, and most recently Tracey Emin in 2007, amongst many more.
The Icelandic Pavilion

Ragnar Kjartansson
to represent Iceland at the Venice Biennale in 2009

The artist Ragnar Kjartansson has been chosen to exhibit on Iceland’s behalf at the 53rd Biennale in Venice 2009. Born in 1976, he is the youngest artist ever chosen to represent the country in this important international venue where the art world gathers every two years to see the most exciting new art brought in from every corner of the earth.

Icelandic artists were first sent to the Venice Biennale in 1960 but in the last decade, more funding and effort has been expended to support and promote the representing artist, reflecting the growing importance of such international art events. Most recently, Iceland was represented in 2007 by Steingrímur Eyfjörð, in 2005 by Gabríela Friðriksdóttir, in 2003 by Rúrí and in 2001 by Finnbogi Pétursson – all artists who exhibit internationally and have built a strong reputation in and outside Iceland. Until 2005, the Icelandic artists were exhibited in a small pavilion built in 1956 by Finnish architect Alvar Alto in the Giardini di Castelli exhibition gardens. In 2007, however, Steingrímur Eyfjörð’s exhibition was mounted in the Palazzo Bianchi Michiel on the Canale Grande, reflecting the expansion of the Biennale in recent years as more and more exhibitions are held outside the gardens traditionally reserved for the event. The location of Kjartansson’s exhibition has yet to be announced.

Ragnar Kjartansson graduated from the Icelandic Academy of the Arts in 2001 but his artistic development has been rapid and he has already had twelve private exhibitions in five countries and taken part in some thirty group shows. He has built a body of work that is at once highly individual and easily appreciated, combining performances, video, sculpture and painting. In addition to his work in the visual arts, Kjartansson has a career in music, having released several albums with his bands and performing around the world. His contribution to the Reykjavík Arts Festival in 2005, though staged in an abandoned rural meeting house far from the city, was one of the most successful events of the festival and brought him to the attention of the international press. Like many of Kjartansson’s works, it combined drawing and painting with a dramatically staged setting and a performance piece that tested the artist’s endurance as he spent twelve hours a day for two weeks in the draughty, unheated building, dressed in fading theatrical costume, his face streaked with stage blood, strumming a guitar and singing to himself, gradually adding details to the chaotic installation. Kjartansson often highlights such themes as sadness, regret and loneliness, but his approach and execution are always fresh and intensely personal, forging a strong bond with the viewer and captivating audiences wherever he exhibits.

With Ragnar Kjartansson, the Icelandic pavilion in Venice in 2009 will feature a young artist who has in a remarkably short time built an impressive roster of international exhibitions and an engaging individual style that stands out even in today’s crowded global art world. He is a worthy representative of the vibrant young art scene in Iceland, a cutting-edge contemporary artist with strong roots in cultural tradition and a keen eye for the tragicomic spectacle of human experience.

The choice of an Icelandic artist for the Biennale is in the hands of a committee that this time included Christian Schoen, Director of the Center for Icelandic Art, Hafþór Yngvason, Director of the Reykjavík Art Museum, and the artist Rúrí who herself exhibited in Venice on Iceland’s behalf in 2003. Two further consultants were brought in to assist in the deliberations: Halldór Björn Runólfsson, Director of the National Gallery of Iceland, and Kristján Steingrímur Jónsson, Head of Visual Arts at the Icelandic Academy of Art. Christian Schoen is the commissioner for Iceland’s pavilion in Venice and the project is overseen by the Center for Icelandic Art, which in turn is funded by the Ministry of Education, Science and Culture.

Commissioner: Christian Schoen
Assistant: Rebekka Silvía Ragnarsdóttir
Curators: Markús Þór Andrésson & Dorothée Kirch
Commissioning Institution: CIA.IS – Center for Icelandic Art

Hafnarstræti 16
IS-101 Reykjavík
Tel: 00354-562 72 62
Fax: 00354-562 66 56
info@cia.is
www.cia.is

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Yoko Ono e John Baldessari serão premiados na Bienal de Veneza


ROMA, Itália, 24 Fev 2009 (AFP) - A Bienal de Arte Contemporânea de Veneza (7 de junho a 22 de novembro) concederá um Leão de Ouro pela carreira à japonesa Yoko Ono e ao americano John Baldessari, artistas que "revolucionaram a linguagem da arte", anunciaram os organizadores do evento.
"A Mostra deseja recompensar dois artistas cujos trabalhos de vanguarda abriram novas possibilidades de expressão poética, conceitual e social para os artistas do mundo inteiro", declarou o crítico de arte e filósofo Daniel Birnbaum, curador da 53ª edição da Bienal.
"O trabalho de Yoko Ono e John Baldessari revolucionou a linguagem da arte e continuará sendo uma fonte de inspiração para as futuras gerações", completou Birnbaum.
Yoko Ono, 76 anos, mulher de John Lennon, é uma "pioneira da arte-performance e da arte conceitual, e atualmente uma das artistas mais influentes. Ela desenvolveu modelos artísticos que deixaram marcas duradouras", afirma um comunicado oficial.
John Baldessari, californiano de 78 anos, é um artista conceitual "que desenvolveu sobretudo uma linguagem visual específica".

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Representação Portuguesa na 53.ª Bienal de Veneza

fonte: RTP - Portugal

Os artistas portugueses João Maria Gusmão e Pedro Paiva vão representar Portugal na 53/a Exposição Internacional de Arte - Bienal de Veneza, num projecto comissariado por Natxo Checa, revelou hoje à Agência Lusa o director-geral das Artes.

De acordo com Jorge Barreto Xavier, a escolha desta equipa - que já recebeu o aval do ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro - visa "reconhecer o valor do trabalho em equipa de três profissionais que ao longo dos últimos sete anos têm trabalhado juntos, e num percurso coerente e muito marcado por linhas singulares e reconhecidas no contexto nacional e internacional".

"Esta escolha permite a uma geração mais nova, mas com provas dadas e reconhecidas, o acesso ao circuito da Bienal de Veneza, numa promoção do país, mas também das possibilidades de sedimentação da sua presença internacional para assegurar o sucesso de um projecto que cumpra a exigência desta apresentação e o perfil de contemporaneidade" da representação portuguesa na Bienal de Veneza.

Pedro Paiva e João Maria Gusmão - The Occult (2007)

João Maria Gusmão, de 29 anos, e Pedro Paiva, 31 anos, ambos nascidos em Lisboa, "têm tido um trabalho discreto mas fulgurante em termos de reconhecimento", comentou à Lusa Jorge Barreto Xavier, acrescentando que a presença de ambos em Veneza "terá um grande impacto na sua carreira artística".

Por outro lado, "a equipa tem apresentado muito propostas existenciais que se inserem bem no tema geral da Bienal de Veneza", que na edição de 2009 se apresenta sob o título "Making Worlds/Fazer Mundos", e que terá como curador geral o sueco Daniel Birnbaum, decorrendo entre 07 de Junho e 22 de Novembro deste ano.

Desde 1997 que o Instituto de Arte Contemporânea, posteriormente Instituto das Artes, e actualmente Direcção-Geral das Artes, organismos do Ministério da Cultura, têm vindo a designar e financiar a representação portuguesa nesta Bienal, onde já representaram Portugal artistas como Helena Almeida, Jorge Molder e Ângela Ferreira.

Questionado pela Lusa sobre algumas críticas surgidas na imprensa, por parte de alguns meios artísticos, de que a escolha da representação portuguesa tardava em ser anunciada, Barreto Xavier escusou-se a comentar, sublinhando: "O processo esteve a decorrer e a Direcção-Geral das Artes está muito empenhada e satisfeita com esta escolha".

Desde há uma década que Pedro Paiva e João Maria Gusmão têm apresentado, em plataformas como o cinema experimental e a instalação, um conjunto estruturado de ensaios de investigação artística sobre os sentidos para a experiência humana no mundo.

Internacionalmente, têm vindo a apresentar-se no circuito das bienais, nomeadamente em São Paulo (2006), Mercosul (2007) e, mais recentemente, na Manifesta 7, assim como nas apresentações individuais no Wattis Institute em São Francisco, Photoespaña, em Madrid, e Adams Gallery em Wellington.

Este ano os artistas irão ainda expor individualmente na Kunstverein Hannover e Ikon Gallery em Birmingham.

Nascido em Barcelona em 1968, Natxo Checa iniciou a sua actividade profissional no início dos anos 90, e desde 1994, no contexto do espaço Zé Dos Bois (ZDB), em Lisboa, que co-dirige, ou do Festival Atlântico que dirigiu, tem vindo a mostrar diversa produção artística visual emergente portuguesa. Também tem organizado mostras e intercâmbios internacionais em algumas capitais europeias e na costa Oeste Americana com artistas da geração de noventa.

Cotidiano inspira poética de obras em mostra coletiva

por Mário Gioia da Folha

"Realidades Imprecisas", exposição que é aberta hoje no Sesc Pinheiros, reúne trabalhos de 13 artistas contemporâneos

De acordo com curadora, instalações, pinturas, esculturas, objetos e vídeos atestam ligações da arte com coisas corriqueiras

Objeto da série "La Donna, La Casa, Il Bambino", de Nino Cais

Baldes de plástico de R$ 1,99 que formam esculturas. Uma torneira colocada na parede de um espaço expositivo. Fotografias caseiras de festas familiares ampliadas e dispostas como banners em janelas. Os trabalhos da mostra "Realidades Imprecisas", que é aberta hoje no Sesc Pinheiros, parecem sempre dar um sentido poético ao cotidiano.
Com obras de 13 artistas jovens, com idade média de 30 anos, a exposição coletiva reúne peças de diversos suportes, como pinturas, instalações, esculturas e vídeos, que comentam as ligações entre arte e realidade. "O recorte que fiz destaca como os artistas sempre buscam sensibilizar e dar uma nova significação ao mundo real.
Escolhi quem mais acompanho de perto pelo desenvolvimento da obra e, por isso, os trabalhos são muito diversos", afirma a curadora de "Realidades...", Carolina Soares, 32, ex-curadora do MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo) e que atuou como pesquisadora na 28ª Bienal de São Paulo.
Logo na abertura da mostra, no térreo, as cinco esculturas e os cinco objetos do paulistano Nino Cais, 39, exemplificam de modo claro a tese da curadora.
As esculturas no centro da sala são formadas por objetos baratos, como baldes, bancos e vassouras, que, rearranjados, servem de apoio a vasos de plantas e flores.
"Meu trabalho fala constantemente do cuidar. Para sobreviverem, as plantas precisarão de cuidados, em meio a esses rearranjos de peças banais e que agora estão num espaço de exposição", conta o artista. Outros cinco objetos de Cais têm como base páginas de uma revista feminina publicada na Itália nos anos 60, que ganham colagens feitas pelo artista.
Nas janelas da entrada do Sesc, o goiano Marcelo Amorim, 31, ampliou 32 fotos de seus registros familiares para discutir a identidade.
"Jogo com a presença e a ausência da minha figura em diferentes tempos." Já a mineira Flávia Bertinato, 28, apresenta uma instalação repleta de cortinas na cor vinho, com canção de Ennio Morricone ao fundo.
"A música alegre seduz o público para entrar no espaço, mas não há nada especial para ver." A paulistana Tatiana Blass, 29, apresenta cinco novas pinturas, que têm o palco teatral como foco principal. "Às vezes o espaço está vazio, às vezes tem personagens que não identificamos logo. Tem um quê de mistério essa série", conta ela.
A incerteza das obras de Blass encontra eco em outras peças da exposição, como nas fotografias oníricas do paraense Mariano Klautau Filho e na improvável torneira da carioca Débora Bolsoni, colocada discretamente em uma das paredes dos espaços de exibição da mostra, no terceiro andar.

Realidades Imprecisas

Quando: de ter. a sáb., das 10h30 às 21h30, e sáb., das 10h30 às 18h30; até 19/3
Onde: Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel. 3095-9400); livre
Quanto: entrada franca

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Cildo Meireles: Individual

Depois da histórica exposição individual na Tate Modern em Londres, a obra de Cildo Meireles chega a Catalunha. Em cartaz neste mês no Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, o artista brasileiro apresenta sua maior exposição internacional.

A mostra reúne cerca de 80 obras que datam de 1967 até 2008. Neste último ano, Cildo ganhou o prêmio Velázquez, concedido pelo Ministério da Cultura da Espanha, e o Ordway Prize, do New Museum de Nova York, além de um documentário sobre sua vida dirigido pelo cineasta Gustavo Moura.

A abordagem de suas obras explora sempre os processos de comunicação, a figura do expectador, o valor da arte e da herança histórica, onde o real, o simbólico, e imaginário se encontram em perfeita harmonia.

Cildo Meireles está na lista de brasileiros de Daniel Birnbaum, curador da 53 Bienal de Veneza, juntamente com Sara Ramo e Renata Lucas.

Obra Desvio para o Vermelho

Cildo Meirelles – MACBA
Plaça dels Angels, 1
08001 Barcelona
Tel.: 34 93 412 08 10

Até 30 de abril.

Representação Brasileira na Bienal de Veneza


fonte: Folha de S.Paulo 23/01/2009


Dois artistas de fora do eixo Rio-São Paulo foram os escolhidos pelo curador Ivo Mesquita para representar o Brasil na Bienal de Veneza, programada para ser aberta ao público no dia 7 de junho: o fotógrafo paraense Luiz Braga e o pintor alagoano Delson Uchôa. Mesquita, curador da polêmica 28ª Bienal de São Paulo, encerrada em dezembro, confirmou, ontem, à Folha, sua seleção.

A galeria Oeste, que representava Braga, fechou as portas no mês passado. "Estamos brilhando na razão inversa do mercado", comentou ele, por telefone, do Rio de Janeiro. Já Uchôa é representado pela antiga Brito Cimino, que passa a se chamar Luciana Brito.

Bar Azul - 1996 do paraense Luiz Braga,representante da Geração 80 e um dos escolhidos para bienal

Presença no circuito

Ambos são da mesma geração, nascidos em 1956, e são artistas com presença no circuito institucional.

Uchôa participou da histórica mostra "Como Vai Você, Geração 80?", realizada em 1984, no Parque Lage, no Rio, e mais recentemente da 24ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Paulo Herkenhoff, em 1998, e do 30º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna, em 2007, organizada por Moacir dos Anjos.

Típico representante da Geração 80, Uchôa cria suas pinturas sobre suportes distintos como fotos e tecidos plásticos, a exemplo de "Entre o Céu e a Terra", trabalho que exibiu em "Contraditório", o Panorama de 2007, também visto em Madri, no ano passado.

Já Braga, apesar de nunca ter participado de uma Bienal de São Paulo, teve várias exposições em instituições nacionais como o Museu de Arte de São Paulo, onde também faz parte da coleção Masp-Pirelli, e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, além de outras no exterior, como na Photographer's Gallery, de Londres.

"Sou meio 'off' por trabalhar e morar em Belém, mas é minha escolha. Meu trabalho não está pautado pelo mercado, sempre fui fiel ao que chamo de território interior do olhar, muito mais influenciado pelas artes plásticas do que pela fotografia", conta Braga.

As imagens que serão vistas em Veneza ainda não foram selecionadas pelo curador. "O Ivo me disse que vai para Belém no próximo mês, mas a gente já sabe por quais caminhos vamos trilhar, que são a cor e a luz, os mais marcantes do meu trabalho", diz o paraense.

Pintor alagoano Delson Uchôa, que também foi escolhido para representar o Brasil na Bienal de Veneza, com a obra "Céu e Terra"

Em abril, o fotógrafo participa da primeira mostra organizada por conta do Ano da França no Brasil, na Pinacoteca do Estado.Lá, ele irá exibir 25 imagens inéditas, ao lado de fotógrafos franceses como Pierre Verger e Marcel Gautherot.

Segundo a Folha apurou, a decisão de Mesquita não agradou a alguns conselheiros da Fundação Bienal, como Jens Olesen, que havia indicado a artista Regina Silveira, também da Luciana Brito, para representar o país na mostra de Veneza.

Foi a segunda vez que Mesquita indicou artistas para o pavilhão brasileiro: há dez anos, sua dupla foi composta por Iran do Espírito Santo e Nelson Leirner.
Venice Biennale 2009

A partir de hoje o Blog Frequentar os Incorporais se dedicará a publicação diária de tudo que acontece em torno da 53ª Bienal de Veneza que ocorre de 7 de junho a 22 de novembro de 2009. Serão postados informes sobre os preparativos, artistas, curadoria, representações nacionais e notícias, além de textos relacionados. Procuraremos dentro do possível trazer os informes já traduzidos, voluntários para tradução das postagens em inglês serão muito bem vindos já que o Blog tem o público brasileiro como seu principal foco. Seguiremos normalmente com nossas já costumeiras notícias gerais sobre Arte Contemporânea.

Rodrigo Linhares - roodris@gmail.com

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Artistas criam em prol da proteção ambiental

da Deutsche Welle, na Alemanha

A luta contra a destruição do meio ambiente tornou-se assunto frequente na sociedade. Artistas de vários países também estão engajados e fazem de sua obra uma maneira de chamar atenção para os problemas climáticos.


Enquanto carros e pessoas transitam freneticamente por Wall Street, uma mulher se senta, coloca uma máscara de oxigênio e respira fundo dentro de um pequeno carro provido de dois assentos e um guarda-sol. Este era o Fresh Air Cart (Carro de Ar Fresco), aparato criado pelo artista americano Gordon Matta-Clark, em 1972, para oferecer ar limpo aos transeuntes de uma das ruas mais movimentadas de Nova York.
Documentada em vídeo, a performance de Matta-Clark é uma das obras da exposição "Fantasias morais. Posições atuais da arte contemporânea no contexto do aquecimento global", aberta ao público até 26 de abril, no Castelo Morsbroich em Leverkusen, perto de Colônia. Com Fresh Air Cart, Matta-Clark se consagrou como pioneiro da arte engajada pelo meio ambiente.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Quem é quem na Arte



Livro do crítico carioca Paulo Sérgio Duarte traz lista de 77 artistas que conquistaram o Brasil e o mundo com seu trabalho

por Antonio Gonçalves Filho do Estadão em 18/02/09


Uma das inúmeras qualidades do crítico carioca Paulo Sérgio Duarte é sua franqueza. Quando alguém lhe faz uma pergunta à queima-roupa, responde de forma direta, sem rodeios. Pede-se uma lista de quem é quem na arte brasileira e ele começa a declinar nomes sem pausas cautelosas.
Duarte reconhece que poderia ter aplicado um filtro mais fino para selecionar os artistas que figuram em seu livro Arte Brasileira Contemporânea (Sílvia Roesler Edições de Arte/Opus Investimentos, 300 págs., R$ 150), espécie de "quem é quem" na arte contemporânea brasileira, mas preferiu apresentar ao leitor as obras que lhe foram mostradas recentemente, arriscando-se a um recorte arbitrário. Assim, de uma lista inicial de 300 nomes, entre artistas jovens ou veteranos de sua geração - Duarte tem 63 anos e longa carreira como diretor de importantes instituições como a Funarte - ele escolheu 77 artistas que testemunham o que a arte brasileira tem de melhor: sua diversidade.

Dessa lista não constam artistas seminais. Afinal, não se trata de um catálogo, mas apenas de um recorte - criterioso, evoque-se. Dificilmente outro crítico de renome viria a contestar o valor de seus eleitos: da turma que já ultrapassou a barreira dos 50 anos fazem parte, entre outros, Antonio Dias, Antonio Manuel, Arthur Barrio, Carlos Zilio, Carmela Gross, Cildo Meireles, Iole de Freitas, José Resende, Miguel Rio Branco, Nuno Ramos, Paulo Pasta e Tunga. Na turma que ainda não passou dos 40 estão a paulistana Laura Vinci e a paraibana Oriana Duarte. Na faixa dos 30 uma outra artista que cresce é a paulistana Tatiana Brass. Finalmente, entre os caçulas, que ainda estão nos 20, o mineiro Thiago Rocha Pitta é um dos mais promissores. Apesar da pouca idade, já tem um vídeo na coleção do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).

O livro de Duarte vem acompanhado de um CD-ROM e um DVD, justamente por não se tratar de uma edição para especialistas. Como reconhece o crítico, seu texto "oscila entre um tom professoral e um passeio informal" pela arte contemporânea. No CD-ROM estão 15 entrevistas com teóricos, críticos e curadores. No DVD, dirigido pelo cineasta Murilo Salles, o leitor é convidado a visitar templos da arte contemporânea (como o Instituto Cultural Inhotim, em Minas Gerais, que abriga a coleção Bernardo Paz) e ainda ganha nos extras vídeos de artistas como Laura Erber (1979), Marcelo Cidade (1979), Thiago Rocha Pitta (1980) e Mariana Manhães (1977).

A pouca idade de alguns desses artistas não deve ser entendida como uma tentativa de o crítico se debruçar sobre a "arte atual". A perspectiva de Duarte é mesmo histórica. Fukuyama não tem a mínima chance em seu livro. "Eclipsar a história, até mesmo recalcá-la, pode ser interessante para o mercado, uma máquina que movimenta bilhões de dólares por ano, para o balaio pós-moderno, não para a arte", defende o crítico, que trabalha num campo teórico em que a arte é aceita como um conhecimento específico, sempre de natureza subjetiva. Sem a história, reforça Duarte, "não veremos a luz no fim do túnel". Assim, a tentativa de levar ao marco zero uma mostra internacional como a Bienal de São Paulo, como na última edição, que apresentou um andar inteiro vazio, é um atentado contra a história. "A Bienal sempre funcionou como um Ministério das Relações Exteriores da arte, apresentando a curadores e críticos estrangeiros o que de melhor se produz no Brasil", justifica. "É preciso desenvolver uma estratégia urgente de restauração da Bienal para que ela volte a ter a importância das mostras passadas." A última grande, segundo o crítico, foi realizada em 1998 pelo curador Paulo Herkenhoff, a Bienal da Antropofagia (24ª.). "Depois disso foi o declínio."

Curador da Bienal do Mercosul em 2005, Duarte comenta que a arte brasileira começou a conquistar espaço lá fora graças ao esforço individual dos próprios artistas, citando exemplos presentes nas catedrais da arte internacional - Cildo Meireles na Tate Modern, Tunga no Louvre, Waltércio Caldas em todas as bienais e Documentas - por conta do trânsito internacional desses nomes. Para um território estético dominado por pressão de agentes comerciais e curadores, o da arte contemporânea, a invenção ainda conta - e muito -, segundo Duarte, destacando a importância do experimentalismo no trabalho da paraibana Oriana Duarte, que vive e trabalha no Recife. "Em suas instalações e performances, ela inscreve no próprio corpo uma cartografia do mundo em trânsito em que vive." Duarte vê entre os mais jovens uma predominância das questões urbanas e existenciais, que suplantam a questão social. "As manifestações políticas estão dentro da cultura hip hop", diz, elogiando o artista paulistano Marcelo Cidade, de 30 anos, que faz performances, fotos e vídeos, sempre elegendo o ambiente urbano como foco de seu trabalho.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

VERDADEIRA MARAVILHA

Mostras oferecem amplo painel sobre obra de Josef Albers


Por Fabio Cypriano da Folha de SP

Tomie Ohtake expõe ótima série de 45 trabalhos, e Pinacoteca trata de percurso do artista na América Latina

Duas mostras em diferentes instituições apresentam de forma complementar a obra do pintor alemão Josef Albers (1888-1976), um dos mais importantes artistas do século 20, ambas com curadoria de Brenda Danilowitz. Na Pinacoteca do Estado, "Anni e Josef Albers - Viagens pela América Latina", apresenta o percurso do artista em suas diversas viagens ao México, ao Peru, ao Chile e a Cuba, de 1934 a 1967. Estudante da Bauhaus, onde conheceu sua mulher, Anni, em 1922, Albers chegou a lecionar na famosa escola, ao unir forma e função. Fechada pelo nazismo, em 1933, foi naquele ano que Albers se transferiu para os EUA, de onde partiu para as 14 viagens que a mostra enfoca. Nos EUA, seguiu também sua carreira docente, no Black Mountain College e na Universidade Yale, um dos temas do ótimo documentário que abre a exposição. O filme apresenta um Albers performático em suas aulas, que chegaram a ter entre seus alunos artistas como Robert Rauschenberg. Em suas viagens, o casal não só colecionou objetos pré-colombianos como se deixou influenciar pelo grafismo dos índios latino-americanos, como se pode ver nas diversas peças de tapeçaria desenvolvidas por Anni, cujo conjunto ganha grande força, mérito da mostra, ao não focar só seu marido. Albers, contudo, vai se revelando, no percurso da exposição, cada vez mais sintético em suas composições, até chegar a "Homenagem ao Quadrado", que tem poucos exemplares na Pinacoteca e é sua mais importante série, iniciada em 1950. É no Tomie Ohtake, em "Cor e Luz: Josef Albers - Homenagem ao Quadrado", que a série pode ser vista em sua plenitude, num estonteante conjunto de 45 obras, entre elas uma que pertence ao Museu de Arte Contemporânea da USP, adquirida em 1969, quando ele participou da 10ª Bienal de SP. A mostra é um dos melhores exemplos da produção moderna, com sua obsessão pela forma geométrica e o estudo das cores. Três ou quatro quadrados se repetem nas obras, com cores que pouco variam, mas que tornam cada peça única. Gênio é palavra forte, mas que não pode deixar de ser usada.

Anni e Josef Albers - Viagens pela América Latina
Quando: de ter. a dom., das 10h às 18h
Onde: Pinacoteca do Estado (pça. da Luz, 2, tel. 3324-1000; até 8/3); livre
Quanto: R$ 2 a R$ 4 (sáb.: grátis)

Homenagem ao Quadrado
Quando: de ter. a dom., das 11h às 20h
Onde: Instituto Tomie Ohtake (r. Coropés, 88, tel. 2245-1900; até 1º/3); livre Quanto: grátis
Avaliação: ótimo (ambas as mostras)

JOSEPH ALBERS

Homage to the Square: Edition Keller IaJosef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ia, 1970
screenprint
21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125
Josef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ib, 1970
screenprint
21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125

Homage to the Square: Edition Keller Ib
Homage to the Square: Edition Keller IgJosef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ig, 1970
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21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125

Josef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ii, 1970
screenprint
Image: 13 13/16 x 13 13/16 inches
Paper: 21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125
(14792)
Homage to the Square: Edition Keller Ii
White Line Square XIVJosef Albers
White Line Square XIV, 1966
Three-color lithograph
Image size: 15 1/2 x 15 1/2 inches
Paper size: 20 3/4 x 20 3/4 inches
Edition: 125, 15 AP, 1 PP
(14994)
Josef Albers
White Line Square XVII, 1967
Three-color lithograph
Image size: 15 1/2 x 15 1/2 inches
Paper size: 20 3/4 x 20 3/4 inches
Edition: 125, 15 AP, 1 PP
(14817)
White Line Square XVII
Homage to the Square: Edition Keller IhJosef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ih, 1970
screenprint
21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125
(14791)
Josef Albers
ADV, 1969
screenprint
Image Size: 13 3/4 x 13 3/4 inches
Paper Size: 21 1/2 x 21 1/2 inches
ED: 125
(17559)
ADV
White Line Square VIIJosef Albers
White Line Square VII, 1966
Three-color lithograph
Image: 15 1/2 x 15 1/2 inches
Paper: 20 3/4 x 20 3/4 inches
Edition: 125, 15 AP, 1 PP
(14572)
Josef Albers
FGa, 1968
Screenprint
Image size: 11 x 11 inches
Paper size: 17 x 17 inches
ED: 100
(17558)
FGa
IS-dJosef Albers
IS-d, 1969
screenprint
Image Size: 13 3/4 x 13 3/4 inches
Paper Size: 21 1/2 x 21 1/2 inches
ED: 125
(15911)
Josef Albers
I-S LXXIa, 1971
Screenprint
Image size: 15 x 15 inches
Paper size: 23 x 23 inches
ED: 125
(17561)
I-S LXXIa
Homage to the Square: Edition Keller IcJosef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ic, 1970
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21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125

Josef Albers
Homage to the Square: Edition Keller Ie, 1970
screenprint
21 11/16 x 21 11/16 inches
ED: 125
Homage to the Square: Edition Keller Ie
Censura????

CCSP retira obra após reclamações de funcionários



por Silas Martí da Folha de S.Paulo


Depois de reclamações de funcionários, que se disseram ofendidos pelo artista, a direção do Centro Cultural São Paulo decidiu retirar de uma mostra uma obra de arte que ficaria em cartaz até 29 de março. A fotografia "O Fantasma", de João Loureiro, retrata pessoas e objetos de trabalho cobertos com lençóis brancos no setor administrativo do CCSP, onde ficou exposta até o dia 2 deste mês, quando foi retirada.

"A gente tem uma imagem de fantasma lá fora, mas trabalha muito, rala muito", disse à Folha Rogéria Massula, 51, funcionária do CCSP que mandou uma carta à ouvidoria da prefeitura pedindo que fosse retirada a obra de Loureiro. "Achei de mau gosto, porque era a minha mesa de trabalho ali, com olhinho, boquinha. Por mais que eu queira, não dá para desconsiderar que é uma afronta contra os funcionários."
Antes mesmo do início da mostra, em 29 de novembro do ano passado, funcionários haviam reclamado à direção do CCSP, irritados com o teor da fotografia. Na abertura da exposição, tanto o diretor da instituição, Martin Grossmann, quanto a curadora de artes visuais, Carla Zaccagnini, optaram por expor a obra.
"Houve resistência dos funcionários à obra, e isso foi virando uma bola de neve", conta Loureiro, 36, que diz não considerar o episódio um caso de censura, embora discorde da remoção da obra. Segundo ele, que teve R$ 8.000 do CCSP para produzir a foto, alguns funcionários foram trabalhar vestidos de branco em protesto.
A curadora e o diretor do CCSP negam que houve censura. "Acho que se trataria de censura se a obra não tivesse sido realizada ou tivesse sofrido alterações por exigências externas ao trabalho. Neste caso, a obra foi realizada de acordo com o projeto do artista e esteve exposta no local por ele escolhido", diz Zaccagnini, 35.
A curadora deixará seu cargo no CCSP no mês que vem, mas nega que seja por causa do episódio. "A minha saída, que está sendo negociada de forma a não prejudicar o projeto institucional, não tem nada de represália", afirma a curadora.

Pressão externa

O secretário municipal da Cultura, Carlos Augusto Calil, que já dirigiu o CCSP e nomeou Martin Grossmann para a posição, confirmou, por meio de sua assessoria, que foi procurado por funcionários do CCSP.
O diretor da instituição, a curadora de artes visuais e funcionários ouvidos pela Folha negam, no entanto, que tenha havido qualquer interferência por parte do secretário da Cultura ou da prefeitura. "Não houve nenhuma pressão por parte da ouvidoria da prefeitura, tampouco da Secretaria da Cultura", afirmou Grossmann, 48.
"Não havia nenhuma posição da Secretaria da Cultura nem da ouvidoria com relação ao conteúdo da carta", diz Zaccagnini. "Foi por meio de uma longa discussão interna, iniciada ainda durante o processo de produção da obra [de Loureiro], que se chegou à decisão."
1ª Bolsa Cajasol para Projetos de Artes Visuais 2008-2009

fonte: Fórum Permanente


Durante a última década, os convites para os eventos de Artes Visuais e as bolsas de projetos de Fotografia têm sido um avanço para o desenvolvimento das artes visuais em Andaluzia. A fim de dar continuidade a essas convocatórias direcionando-as a um contexto internacional e de integração das práticas artísticas, a Obra Social Cajasol destina 125.000 € para cinco bolsas para a execução de projetos de artes visuais em qualquer de suas áreas ou disciplinas.
A convocatória está aberta a artistas de qualquer nacionalidade, de forma individual quer coletiva, e sem limite de idade. No entanto, será reservada uma bolsa para artistas naturalizados ou residentes em Andaluzia. O financiamento é direto, indivisível e intransferível. A atribuição deste auxílio é incompatível com qualquer outro apoio institucional

Calendário
Recepção dos projetos até 31 de março de 2009
Seleção: até 30 de abril de 2009
Encontro com os artistas para a definição dos projetos:antes de 30 de maio de 2009.
Apresentação em uma exposição coletiva nas salas Cajasol de Sevilha em Março de 2010.

Custos
25.000 euros para cada projeto. Incluem os custos de produção, viagens, alojamento, materiais, etc. Todos os conceitos envolvidos na sua execução, bem como honorários do autor de um montante não superior a € 5.000. Esta assistência está sujeita a tributação atual.

Estrutura
A organização irá fornecer os elementos essenciais para a apresentação no auditório: montagem e necessidades técnicas do projeto.

Forma de pagamento
50% uma vez selecionado um projeto, e antes de 30 de abril de 2009
25% em janeiro de 2010
25% para a apresentação pública do projeto

Documentação
Currículo com um máximo de 2000 caracteres e uma fotocópia do documento de identidade ou documento equivalente, do autor ou autores.
Descrição do projeto no âmbito da concessão de auxílios para os 15 ou 20 imagens do mesmo, acompanhado de fotografias de obras de obras de cada autor correspondente aos dois anos anteriores a data de recepção (máximo até 31 de março de 2009) em slide, ou apoio digital compatível com PC.

Orçamento Estimado
A documentação será fornecida em Espanhol ou Inglês
A devolução do material é facultativa e deve ser indicado na documentação.

Termos
A participação no presente concurso implica na aceitação total das bases.
A documentação que é gerada no projeto deve mostrar "trabalho produzido com o apoio do Cajasol Trabalho."

O Trabalho Social do Cajasol poderá avaliar o projeto durante o seu processo de execução. Ficará a cargo do Sr. Francisco del Rio, chefe de exposições no Trabalho Social Cajasol, assistida por Marta Puerta, coordenadora de exposições.

A Obra social programará a apresentação em exclusiva dos projetos realizados pelos artistas, e proporcionará os meios para a recolhida de informação e documentação do projeto.

A obra social de Cajasol reserva os direitos de publicçao e reprodução dos projetos selecionados para a promoção dos mesmos.

A obra social de Cajasol selecionará uma das obras para fazer parte da sua coleção.

O veredicto do júri é definitivo.

Envio da documentação
Obra Social Cajasol.
1°as Becas para projetos de artes visuais 2008 - 2009
Att Francisco Molina s/n
41003 Sevilla
2ª Trienal Poli/Gráfica de San Juan: América Latina e Caribe


de 08 de Abril a 28 de junho de 2009
Curador Geral: Adriano Pedrosa
Co-Curadores: Julieta González, Jens Hoffmann
Curador Convidado: Beatriz Santiago

Inaugura no dia 18 de abril a 2ª Trienal Poligrafica de San Juan, com curadoria geral de Adriano Pedrosa, a mostra tem como objetivo tratar do conceito de poligrafia nas práticas criativas marginais e experimentais que trabalham com arte contemporânea e projeto gráfico. Uma série de plataformas poligráficas estão sendo apresentadas de junho 2008 até junho 2009, com uma abertura oficial de apresentação no mês abril de 2009 que consistirá em exposições individuais e coletivas de pôsteres, livros de artistas, cartões, papéis de parede, quadros de avisos, entre outros trabalhos com características gráficas.

Exposição:Pôsteres
O pôster é um suporte gráfico com lugar privilegiado na Trienal. Um grupo de designers gráficos latino-americanos e do Caribe foram convidados a criar propostas para a série de pôsteres oficiais da exposição, sendo que seis foram selecionados. O lançamento de cada um dos escolhidos ocorrerá periodicamente até a data da abertura oficial da mostra.

Pôster 1: Gabriel Piovanetti & Luis Díaz, San Juan
Pôster 2: Alex Quinto, Toronto
Pôster 3: Alexander Wright, Caracas
Pôster 4: Javier Cirioni & Santiago Velazco, Montevideo
Pôster 5: Ena Andrade, Lima
Pôster 6: Benkee Chang, Carlos González and Alvaro Bustillos, Caracas

Livros de Artista
O Trienal selecionou 20 artistas que foram convidados a produzir livros com edição limitada.

Alexander Apóstol (Caracas/Madrid)
Juan Araujo (Caracas)
Fernando Bryce (Lima/Berlin)
Jesús Bubu Negrón (San Juan)
Carolina Caycedo (Bogotá/San Juan)
Tony Cruz (Puerto Rico)
Abraham Cruzvillegas (Mexico City)
Alejandro Cesarco (Montevideo/New York)
Flavia Gandolfo (Lima)
Mario García Torres (Mexico City/ San Diego)
Dominique Gonzalez-Foerster (Paris/Rio de Janeiro)
Cao Guimarães (Belo Horizonte)
Pablo Helguera (Mexico City/New York)
Renata Lucas (Ribeirão Preto, Brazil/Rio de Janeiro)
Gilda Mantilla & Raimond Chaves (Lima)
Mateo López (Bogotá)
Rivane Neuenschwander (Belo Horizonte)
Popular de Lujo (Bogotá)
Nicolás Robbio (Buenos Aires/São Paulo)
Chemi Rosado Seijo (San Juan)

Patrocínios para Publicações Independentes
Dado o financiamento precário que muitas revistas e publicações independentes de arte enfrentam na América Latina e no Caribe, e a necessidade para promover sua continuidade e circulação, a Trienal está concedendo um patrocínio a 12 publicações selecionadas pela equipe curatorial para a edição de um número em 2009.

Conboca, Puerto Rico
Cuadernos de Movilización, Chile
Estrago, Nicaragua
Juanacha, Peru
Número, São Paulo
Orificio, Puerto Rico
Pablo Magazine, Mexico/UK
Pazmaker, Mexico
Ramona, Argentina
Sabroso, Peru
Script, Argentina
Tropicalgoth, Colômbia

Informações
Instituto de Cultura Puertorriqueña
Antiguo Arsenal de la Marina Española
La Puntilla, Viejo San Juan
P.O. Box 9024184
San Juan, Puerto Rico, 00902-4184
T: 1-787-725-8320; 1-787-724-18770
http://www.icp.gobierno.pr
trienalsanjuan@icp.gobierno.pr

sábado, 14 de fevereiro de 2009

"Broadcast"

A galeria nova-iorquina Pratt Manhattan apresentará "Broadcast", uma exposição de treze obras realizadas por um grupo internacional de artistas que desde a década de 1960 estão desenvolvendo trabalhos que criticam os canais oficiais de transmissão de rádio e de televisão. A exposição ocorrerá de 20 de Fevereiro a 2 de maio de 2009 apresentando uma série de vídeos, além de obras específicas em vídeo-projeção, fotografia, instalações, projetos e transmissões interativas.
Segundo a curadora Irene Hofmann, a idéia é reunir obras que desafiem e subvertam diretamente à estrutura de autoridade dos meios de informação, questionando o impacto que o rádio e a televisão podem ter na definição dos acontecimentos do nosso tempo.

Gregory Green, M.I.T.A.R.B.U. (Celular, Internet, televisão, rádio e unidade), mídia mista com 35 watts de transmissão pirata em rádio FM, 100 watts de transmissão pirata em sistema de televisão, internet e sistema de radiodifusão, 2000.

Numa época em que o YouTube convida a todos para fazer parte de uma rede participativa de postagens em som e imagem, as obras da exposição nos lembram que, mesmo com a difusão desses novos e democratizantes meios de comunicação, o poder e o controle ainda está nas empresas de mídia tradicional lideradas apenas por algumas poucas, mas poderosas entidades".
Entre os trabalhos que estarão na mostra, destaque para a instalação da artista Dara Birnbaum que desde os anos 70 se apropria e re-interpreta imagens de vídeo, seriados e programas televisivos. Na exposição estará um vídeo que a artista criou a partir de arquivos de TV com registros da imprensa na cobertura do seqüestro do industrial alemão Hanns-Martin Schleyer pelo grupo Baader-Meinhof, famosos caso ocorrido em 1977. O fotógrafo, cinegrafista e artista Antoni Muntadas traz a instalação multi-mídia The Last Ten Minutes, onde faz uma análise de diferentes momentos da história sob o olhar da radiodifusão.

O artista conceitual Christian Jankowski apresenta a obra Telemistica, apresentada em 1999 na Bienal de Veneza. Consiste na gravação de imagens transmitidas originalmente ao vivo por estações de TV da cidade de Veneza aonde videntes respondem a perguntas do artista sobre a forma como seu trabalho seria recebido pelo público da Bienal.
A exposição também apresenta trabalhos do artista e renegado radio difusor Gregory Green; os performers e vídeo-artistas Doug Hall, Chip Senhor, e Jody Procter; o escultor e vídeo-artista Iñigo Manglano-Ovalle, o pioneiro do vídeo Nam June Paik e o artista e pesquisador em arte e tecnologia Siebren Versteeg.

Um áudio tour por telefone celular conduzida pelo curador que caracteriza o comentário de cinco dos artistas da exposição estará disponível no local.

Mais informações sobre a exposição podem ser encontradas em www.pratt.edu/exhibitions.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

ARTISTA: Dara Birnbaum

1946, Nova York, EUA
vive e trabalha em Nova York, EUA

Technology/Transformation (1979), vídeo de Dara Birnbaum, que utiliza imagens “pirateadas” do seriado americano Wonder Woman (Mulher Maravilha) e as desmonta para discutir a imagem da mulher nos meios de massa. A artista fixou-se basicamente na seqüência da transformação da mulher comum em Mulher Maravilha, um espetáculo típico de seriados juvenis, baseado em efeitos pirotécnicos de mágico de vaudeville. Essa seqüência é repetida mais de uma dezena de vezes, até esgotar todo o seu apelo sedutor e resultar banalizada pelo excesso de ênfase.


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

São Paulo inaugura galeria de arte africana contemporânea


Matéria publicada no site da Revista Época no dia 06/02 - por RegianeTeixeira


Foto do artista angolano Kiluanji, em exposição em São Paulo, retrata a África nos dias de hoje

Se a influência africana no Brasil algumas vezes passa despercebida em meio às outras culturas presentes em São Paulo, a partir dessa sexta-feira (6) haverá um local que irá lembrar esse povo que ajudou a formar o nosso país. A capital ganhou a sua primeira galeria de arte contemporânea africana. Sediada no segundo andar do Edifício Seguradoras, prédio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no centro da cidade, o espaço recebeu o nome de SOSO (que significa "faisca" em Kikongo, língua falada em países como Angola e Zaire).

A primeira exposição fica em cartaz até 21 de março e conta com 12 obras entre fotografias e vídeos de quatro artistas angolanos nascidos na década de 70. Segundo o dono da galeria, o angolano Mário Almeida, o objetivo é estabelecer um dialogo entre a África e a cidade de São Paulo. “No Brasil há pouca informação sobre o que acontece atualmente na África e a ideia da galeria é fazer essa aproximação”, diz.

Além da exposição na SOSO, os artistas Cláudio Veiga, Ihosvanny, Kiluanji e Yonamine participam de um projeto de residência no Hotel Central, prédio projetado por Ramos de Azevedo e construído em 1916. O local deve ser transformado em um centro cultural e contará com intervenção dos angolanos. “Estamos na fase de obtenção de licenças junto aos órgãos da prefeitura da cidade que tratam dos assuntos do patrimônio histórico, uma vez que as fachadas do prédio são tombadas. Pretendemos iniciar as obras o mais rápido possível”, conta Almeida.

De 6 de fevereiro a 21 de março, de segunda a sexta, das 11h às 19h; sábado, das 11h às 16h30. SOSO: Av. São João, 313, 2º andar, tel.: (11) 3222-3973. Grátis.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Programas Residência para Artistas


Pesquisando sobre as possibilidades de financiamento para a produção de trabalhos e realização de projetos, encontrei uma série de instituições nos principais centros de arte contemporânea dos 5 continentes que oferecem bolsas de residência artística. Os programas, em alguns casos financiando estadia e a produção do trabalho, são oferecidos para artistas de praticamente todos os segmentos, inclusive de outras áreas como teatro, literatura e dança. Abaixo uma lista com algumas instituições que oferecem programas para estrangeiros com informações e contatos.

Alemanha

The Berliner Künstlerprogramm – Programa de residência artística financiado pelo Ministério das Relações Exteriores da Alemanha e a Prefeitura de Berlim. Acontece na Daadgalerie, localizada no coração de Berlim. Oferece bolsa para 15 jovens artistas durante 12 meses em Berlim. Tem como objetivo enriquecer a cena cultural local, promover a diversidade e se tornar uma plataforma de intercambio artístico e cultural para além das fronteiras européias. A estrutura do programa possibilita ao artista desenvolver seu projeto e ao mesmo tempo participar ativamente da vida cultural da cidade. A seleção é feita por uma Comissão.
Beneficiários: artistas das artes visuais, música, cinema, literatura e dança.
Benefícios: apartamento, local de trabalho, ajuda de custo, bolsa mensal para despesas com alimentação e transporte.
Prazo de inscrições: acessar site.
Informações adicionais:
Markgrafenstraße 37 - 10117 Berlin
Tel: + 49 (030) /20 22 08-0, Fax: + 49 (030) /20 41 267
Internet: http://www.daad-berlin.de email: info.berlin@daad.de

Áustria

MuseumsQuartier. Desde 2003, cinco estúdios (alojamento e local de trabalho, sem Internet e telefone) foram colocados à disposição de artistas internacionais não residentes na Áustria. A gestão do programa de residência é realizada pelo MuseumsQuartier Errichtungs- und BetriebsgesmbH. O objetivo do programa é tornar o bairro MuseumsQuartier de Viena um dos mais importantes em arte contemporânea, através do acolhimento de artistas internacionais, bem como promover o intercâmbio cultural entre regiões da Áustria e entre países europeus.
Duração: mínimo de 2 meses e máximo de 6 meses
Beneficiários: artistas, conhecimento da língua inglesa, sem limites de idade.
Benefícios: prêmio de 1,050.00 euros por mês par cobrir as despesas de
estadia. Possibilidade de apresentar o projeto no final da residência.
Contrapartida: mencionar o programa quartier21 Artist-in-Residence
Inscrição: enviar por meio eletrônico formulário, carta de motivação, currículo completo, proposta de projeto e portfólio.
Informações adicionais:
MuseumsQuartier E+B Ges.
Elisabeth Hajek, Koordination quartier21
Museumsplatz 1
A-1070 Viena, Áustria
tel +43-1-523 5881-1717
fax +49-1-523 58 86
ehajek@mqw.at
http://quartier21.mqw.at/Artist-in-Residence

Espanha

Can Serrat Centro de Atividades Artísticas – Criada em 1988 por um grupo de 12 artistas noruegueses com o objetivo de proporcionar um local de trabalho e criação para eles e outros grupos. Localizado a 45 km de Barcelona, no Parque Natural de Montserrat, funciona como uma residência aberta.
Beneficiários: artistas e escritores
Disciplinas: artes visuais, escultura e literatura
Informações adicionais:
08294 El Bruc, Barcelona
Tel.: (34) 937 710 037 / (34) 937 710 801
http://www.canserrat.org/

Fundación Valparaíso. Criada em 1989 por Paul Beckett, um artista dinamarquês e sua mulher Beatrice, numa antiga fábrica de azeite de oliva.
Residências artísticas nas áreas de: artes visuais, escultura, cerâmica, arte têxtil, artes cênicas, música, literatura e novas mídias.
Duração: 4 semanas
Benefícios: alojamento, alimentação e estúdio para trabalho e lavanderia.
* despesas com viagem, seguro de saúde.
Informações adicionais:
Pilar Parra Ruiz
Apartado de Correos, 836
04638 - Mojácar Playa, Almeria
Tel: +34-950-472380 e Fax: +34-950-472607
Email: vparaiso@futurnet.es

Finlândia

HIAP - Helsinki International Artist-in-residence Programme. O mais importante do país, o programa de residência artística de Helsinque tem como foco principal as artes visuais, embora aberto também para outras disciplinas. Curadores, dançarinos, coreógrafos, escritores e pesquisadores são também convidados a participarem de programas especiais.
Objetivos: (1) propiciar a artistas uma oportunidade de empreender um trabalho criativo, conduzirpesquisa ou desenvolver projetos especiais em Helsinque, (2) apresentar trabalhos criativos de artistas de outros países à cena local, (3) oferecer a oportunidade de artistas locais participarem de programas de residência em outros países e (4) promover o intercâmbio internacional, diálogo e colaboração no campo das artes. O programa incentiva trabalhos colaborativos com artistas e instituições locais.
Beneficiários: artistas com interesse em cultura contemporânea, formados e
com 3 a 5 anos de experiência Profissional.
Benefícios: contatos com artistas e instituições locais
Duração: de 1 a 3 meses
Seleção: Não existem regras, nem prazo para inscrição. Os artistas devem ser recomendados pelas instituições parceiras. O principal critério de escolha é o projeto. Necessário bom conhecimento do inglês.
Informações adicionais:
HIAP Jury
Cable Factory - Tallberginkatu 1 C 97
00180 Helsinki, Finlândia
Fax: +358-9-6856730, Tel: +358-9-6856730
http://www.hiap.fi

França

La Cité Internationale Universitaire de Paris - CIUP. Oferece a possibilidade a artistas estrangeiros ligados às artes visuais, preferencialmente profissionais, de residir temporariamente em Paris e de se beneficiar de boas condições de alojamento, trabalho e de contatos com artistas franceses.
Beneficiários: (1) Artistas estrangeiros não residentes em Paris; (2) Ter completado seus estudos; (3) Estar em atividade profissional ou cursando especialização ou pós-graduação; (4) Ter menos de 38 anos; (5) Justificar trabalhos anteriores.
Local de Residência: Situada em Paris, a CIUP é uma residência internacional de estudantes, pesquisadores e artistas de mais de 120 nacionalidades. Complexo formado por 37 casas distribuídas pelo parque, com serviços coletivos, bibliotecas, programa cultural (teatro, dança, concertos, exposições), atividades esportivas (piscina e tênis), restaurantes, centro de aprendizagem da língua francesa. É um local de troca entre culturas e de debates intelectuais e de criação.
Duração do programa: de 3 a 12 meses
Benefícios: (1) Acompanhamento personalizado; (2) Ajuda logística e administrativa; (3) Informações e articulação para contactar atores culturais da cena parisiense; (4) Participação eventual (conforme o projeto) no programa artístico de Citéculture, (5) Espaço para exposição na Cité, incluindo difusão e de ajuda para produção. Os custos de alojamento, local de trabalho e refeições são de responsabilidade do artista.
Item Valor
ateliers-alojamento - de 50 m2 750 euros /mês
ateliers de trabalho - de 10 à 36 m2 de 100 a 260 euros/ mês
alojamentos - a partir de 455 euros / mês
Prazo de inscrição: acessar site
Seleção: Os artistas são selecionados por uma Comissão composta por representantes da Cite, instituições culturais parceiras e por profissionais do meio artístico parisiense a partir de um dossiê de candidatura.
Informações Complementares e envio de dossiê de Candidatura:
DELPHINE MOREAU Tel. 00 (xx) 33 1 43 13 65 42
E-MAIL : delphine.moreau@ciup.fr
Website: www.ciup.fr/residence_artistes.htm

Programa Le Pavillon, no Palais de Tokyo- Centro de Arte Contemporânea - Laboratório de criação do Palais de Tokyo, em Paris, acolhe anualmente 10 jovens artistas de todas as disciplinas e curadores de todo o mundo. Aberto a todas as práticas artísticas, o programa tem como objetivo oportunizar aos participantes desenvolver o seu trabalho e pesquisa pessoal encontrar-se com figuras do meio artístico que se relacionam com o Palais de Tokyo, participar de workshops em França e no estrangeiro e realizar o seu trabalho artístico de forma individual ou coletiva. Cada ano, os candidatos são convidados a propor um projeto específico a partir de temas pré-estabelecidos. O projeto pode ter qualquer conceito: exposição, livro, espetáculo, etc.
Beneficiários: Jovens artistas formados, curadores ou artistas experientes. Conhecimento do francês e/ou inglês é exigido.
Local de Residência: Palais de Tokyo, em Paris.
Duração do programa: 8 meses
Benefícios: Bolsa de 800 euros por mês; Espaço para trabalho; espaço para pesquisa e debate, atelier de trabalho e mais uma bolsa de 1000 euros. Os Custos com viagem e visa ficarão a cargo do participante. O Le Pavillon fornece ao artista um atestado de participação para que o mesmo possa solicitar a outras instituições ajuda financeira para cobrir as despesas com viagem e visas.
Prazo de inscrição: Final de abril do ano corrente
Seleção: Os candidatos devem enviar proposta contendo uma carta de motivação e portfólio. A pré-seleção decorre em Maio estando previstas para Junho sessões de entrevistas para a seleção final dos candidatos.
Informações e formulário de inscrição:
PALAIS DE TOKYO / Site de création contemporaine
13, Avenue du Président Wilson F - 75116 Paris
Tél : +33 1 4723 5401 & +33 1 4723 3886
Fax: +33 1 4720 1531
Contacto: pavillon@palaisdetokyo.com / www.palaisdetokyo.com

Centro de Residência ''RECOLLETS'' - A Prefeitura de Paris, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores da França oferece residência a artistas estrangeiros.
Beneficiários: Escritores e artistas confirmados (artes visuais e artes cênicas)
Local: Situado no coração de Paris, em frente ao Canal Saint Martin.
Duração: 3 meses
Benefícios: Ateliês; alojamento (de 50 A 85 m2); ajuda mensal para o projeto de 1 500 EUROS; Apoio da DIRECTION DES AFFAIRES CULTURELLES DE LA VILLE DE PARIS no que tange a contatos com as instituições culturais de Paris.
Contrapartida: No final do Programa o artista deverá entregar um Relatório da Residência.
Prazo de Inscrições: acessar site.
Seleção: Uma Comissão será formada para analisar as solicitações, que deverão estar em forma de projeto a ser desenvolvido durante a residência em Paris. Além de projetos de pesquisa de iniciativa do próprio artista, serão contemplados também projetos inseridos em algum programa de cooperação cultural com uma instituição artística Parisiense. As inscrições poderão ser realizadas por meio eletrônico, bem como o acompanhamento da seleção e resultado final. O Candidato deverá preencher um formulário (geração automática de data de inscrição e confirmação por e-mail), incluindo fotos, cartas de recomendação e um dossiê artístico contendo fotos, extratos de vídeo, manuscritos escaneados, clipping de notícias, etc. A pre-seleção será também divulgada por meio eletrônico (com possibilidade de classificação por ordem alfabética, disciplina/linguagem ou país). Os membros da Comissão poderão consultar os dossiês pré-selecionados, que serão também apresentados em video-projeção. Após resultados, os dossiês dos candidatos selecionados serão acessíveis ao público no mesmo endereço eletrônico.
Será também disponibilizada em inglês e em espanhol, uma lista dos residentes anteriores.
Informações e formulário de inscrição:
http://www.international-recollets-paris.org/index-en.htm

Le Fresnoy - Estúdio Nacional de Arte Contemporânea - Concebido e dirigido por Alain Fleischer, o Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains é um centro de produção, pesquisa e pós-graduação em arte audiovisual, que oferece programa de residência para jovens artistas que queiram produzir trabalhos com equipamento profissional sob a direção de artistas consagrados. Os participantes vivenciam uma verdadeira imersão e usufruem de uma das melhores infra-estruturas do mundo para a pesquisa e produção audiovisuais.
Beneficiários: Ter, no máximo, 35 anos; Ter cursado 4 anos de estudos ou 4 anos comprovados de experiência profissional e artística; Ter conhecimentos de inglês e/ou francês.
Local: Tourcoing, na França.
Duração: Três meses
Benefícios: Acomodação e utilização de equipamentos técnicos
Seleção: Todas as etapas da seleção são feitas em francês ou em inglês,
conforme escolha do candidato.
Mais informações: http://www.le-fresnoy.tm.fr/

Programa de Pesquisa « La Seine » da Escola Superior de Belas Artes de Paris –
A Escola Superior de Belas Artes de Paris oferece Programa de Pesquisa "La Seine", destinado a jovens artistas de todas as nacionalidades. Este programa propõe o desenvolvimento da prática artística através de encontros e reuniões periódicas com várias personalidades do mundo artístico, curadores e críticos de arte convidados. Anualmente, são selecionados seis artistas a quem são dados meios para desenvolver um projeto pessoal já iniciado, com base em pesquisas, exercício crítico e experimentação. Nos últimos três anos, o Programa "La Seine" contou com a participação de nomes como Ami Barak, Claude Closky, Richard Deacon, Jeremy Deller, Hou Hanru, Gary Hill, Cameron Jamie, entre outros. Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos são apresentados em sessões regulares coordenadas por Tony Brown, na presença de artistas convidados.
Beneficiários: Titulares de um diploma de mestrado ou equivalente; Bom domínio de francês.
Local: L’Ecole Nationale Supérieure des Beaux Arts de Paris – ENSBA ( A Escola Superior de Belas Artes de Paris)
Duração: Dois anos
Benefícios: 3000 euros por ano (A estadia na França fica a cargo do participante).
Prazo de inscrições: 25 de Maio do ano em curso;
Seleção: A admissão no programa é feita após pré-seleção, efetuada com base nos portfólios (dossiê artístico) enviados pelos candidatos, e, em seguida, para os candidatos escolhidos, entrevista com um júri formado por personalidades do meio artístico, que avalia a qualidade artística dos trabalhos apresentados.
Informações completas e ficha de inscrição:
http://www.ensba.fr/laseine E-mail: laseine@ensba.fr
*O diploma deverá ter sido obtido há, no mínimo, um ano.

Villa Arson - Nice - Instituição Francesa dedicada à arte contemporânea, la Villa Arson foi criada em 1970 pelo Ministério da Cultura francês. Concebida como um centro artístico de um novo tipo, aberto às trocas internacionais, reúne escola de arte, centro de exposição e residências artísticas. A residência artística da Villa Arson acolhe anualmente 8 artistas franceses ou estrangeiros. A vocação do programa é oferecer aos artistas um meio suscetível de favorecer o enriquecimento de suas pesquisas, através do contato com profissionais, compartilhamento entre artistas, estudantes e diferentes públicos. A partir de 2008 o programa irá sofrer modificações.
Informações Adicionais:
Centre National d'Art Contemporain - Villa Arson 20 avenida Stephen Liégeard 06105 Nice cedex 2 – France /T : 0033 (0)4 92 07 73 84 E-mail: cnac@villa-arson.org
www.villa-arson.org Contato: Alexia Nicolaïdis, Médiatrice artistique

Le Grand Café, Centre d´art contemporain Saint-Nazaire, França
Place des Quatre Z'Horloges
44600 Saint-Nazaire - França
Fone: +33(0)2 . 40223766
Fax: +33(0)2 . 40224366
e-mail: grand_cafe@mairie-saintnazaire.fr

Holanda

Jan van Eyck Academie, Masstricht. Instituto de pesquisa e produção no campo das belas artes, design e teoria. Anualmente, 48 pesquisadores internacionais realizam projetos individuais ou coletivos. Artistas, designers e pesquisadores são convidados a apresentar projetos. A Academia Jan van Eyck oferece expertise em todas as mídias e áreas de produção, tanto no local como em parceria com outras organizações. As áreas incluem fotografia, produções gráficas, impressão digital e silk-screen, produção de vídeo e áudio, texto digital e processo e edição de imagens, computador e outras tecnologias digitais, bem como materiais em madeira e outras matérias.
Benefícios: tutoria por uma equipe de artistas, designers e pesquisadores renomados, local para trabalho, ajuda de custo de 8840 euros divididos em 13 parcelas para as residências de 1 ano, acesso à biblioteca, centro de documentação e vários workshops.
Duração: de 1 mês a 1 ano
Inscrição: acessar site.
Informações adicionais:
Kim Thehu
Tel.: +31 (0) 43 3503721
email: kim.thehu@janvaneyck.nl
http://www.janvaneyck.nl/_devices/frames_applications.html

Rijksakademie van Beeldende Kunsten, Amsterdã, Holanda.
Residências artísticas para artistas holandeses e de todas as nacionalidades nas seguintes disciplinas: pintura, desenho, fotografia, escultura, printmaking, vídeo, cinema, arte computacional e sonora, música, literatura, dança, novas mídias. Recomendado para artistas com 3 a 5 anos de formado.
Duração: 1 ou 2 anos de janeiro a Dezembro
Benefícios: local de trabalho, ajuda de custo de 9.500 euros + 1.800 euros no início da residência, acompanhamento e aconselhamento por especialistas. Uma vez selecionados, os artistas recebem apoio para identificar financiadores, encontrar seu próprio alojamento e para obter visto.
Prazo de inscrição: acessar site.
Seleção: composta por Comissão julgadora e se divide em várias etapas. Qualidade artística e capacidade de desenvolver projeto proposto são os critérios mais importantes de seleção.
Informações adicionais:
Rijksakademie van beeldende kunsten
Sarphatistraat 470 1018 GW AMSTERDAM the Netherlands
telephone +31-(0)20-5270300
fax +31-(0)20-5270301
Email: info@rijksakademie.nl
http://www.rijksakademie.nl/downloads/rs_brochure_2008.pdf

Itália

“Viafarini” – Essa Associação para a promoção da Pesquisa Artística foi a primeira instituição a realizar programas de residência artística na Itália. Situada em Milão, disponibiliza um programa para acolhimento em residência de artistas estrangeiros, no Centro d’Arte Contemporânea, com apoio institucional e acompanhamento do projeto.
Endereço: via Farini 35, tel/fax +39-02-66804473; www.viafarini.org
email: viafarini@viafarini.org.

“Qwatz” – Associação cultural, sem fins lucrativos, criados com o objetivo de promover programa de residência para artistas, curadores e pesquisadores. Oferece a possibilidade de estadia em Roma e assistência técnica aos participantes. O programa é concebido como um laboratório in progress, no qual cada residente trabalha no seu projeto pessoal e depois entra em contato com uma rede de profissionais da Qwatz. Normalmente escolhe um filme
(comercial, experimental, documentário, filme independente ou vídeo de um artista) como ponto de partida para uma atividade conjunta. O diálogo que se cria entre os vários aspectos que compõem o filme e sua unidade como produto final se pretende um input para abrir a narrativa cinematográfica às multiplicidades de pontos de vista que ela impulsiona em quem a olha. A partir dessas premissas, organizam laboratórios temáticos e técnicos, apresentações de mostra e artistas, análise de filmes, projeções, encontros, etc.
Endereço: via della Camilluccia 418, Roma. Tel + 39 349 3281766.
email: qwatz.project@gmail.com

“Beds in Art” – Pousada (bed and breakfast) em pleno centro de Nápoles, que oferece acomodação a artistas audiovisuais, com Internet de alta velocidade, estúdio de pós-produção audiovisual, contatos com outras estruturas (museu, galerias de arte contemporâneas, ateliês de artistas, estúdios privados, centros de assistência técnica hardware, serviços de
attrezzature para espetáculo).
Endereço: via Chiaia, Napoli.

“Art Lab” – Residência artística em San Servolo, Venezia promovida pela Província de Veneza e dos Serviços San Servolo, em colaboração com instituições culturais locais e a Fundação Bevilacqua La Masa . Situada em uma ilha da laguna veneziana, Art lab é um centro cultural e de estudos avançados com programa de residência aberto a artistas italianos e estrangeiros, no início de carreira. Oferece alojamento, espaço para trabalho e ajuda de custo para realizar uma obra nova. Seleção por Comissão composta por representantes de instituições parceiras.
Informações adicionais:
Tel: +39-041-2765001; www.sanservolo.provincia.venezia.it
sanservolo@provincia.venezia.it.

“Residenza d’artista- workshop di ceramica nell’arte contemporanea” - O Museu Carlo Zauli di Faenza, em Ravenna, convida, através de seu projeto Residenza d'Artista artistas italianos ou estrangeiros selecionados pela curadora Daniela Lotta para residir e trabalhar em um projeto de cerâmica no museu. Oferece alojamento no anexo do museu. Além do workshop, no final do período é realizada um mostra com trabalho dos artistas residentes.
Informações adicionais:
Tel. 0546-22123;
Email: info@museozauli.it www.museozauli.it.

“Centro di Residenza – Centro d’Arte La Loggia”, Monteridolfi, Florença” – Promove a dramaturgia contemporânea, acolhendo autores e radutores italianos e estrangeiros. Organiza também residências temáticas ou voltadas para projetos específicos, em parceria com instituições locais de teatro. Alguns programas de residências são dedicados à formação e aperfeiçoamento profissional no que diz respeito aos aspectos criativos da escritura e da tradução de dramaturgia.
Informações adicionais:
Tel. 055-8244458. Email: fatlaloggia@ftbcc.it.

Civitella Ranieri Center. Programa de residência criado em 1995 pela Fundação Civitella Ranieri. O Centro de residência é situado no castelo Civitella Ranieri do século XV, perto de Umbria, Perugia. Voltado para artistas visuais, músicos e escritores, e todas as nacionalidades, interessados em desenvolver projeto de criação. Os interessados devem ser recomendados pelos membros do Conselho da Fundação. Seus projetos são avaliados por uma Comissão de seleção formada por críticos, acadêmicos e artistas.
Endereço da Fundação: Civitella Ranieri Foundation
28 Hubert Street New York, NY 100139; Tel 1-212-226-2002.
Endereço do Centro: Civitella Ranieri Center
Localita Civitella Ranieri 06019 Umbertide Umbria (Perugia);
Tel 39-075-9417612. website: www.civitella.org

“Unidee in Residence”. Centro de pesquisa, produção e promoção de idéias criativas, criado pela Cittadellarte-Fondazione Pistoletto e localizado em Biella. Promove a interação entre a arte e as disciplinas humanísticas, científicas e sociais. O programa baseia-se na inserção da prática imaginativa de inspiração artística no tema do projeto de criação. É indispensável conhecimento da língua inglesa. Prove bolsa completa.
Informações adicionais:
Tel. +39-015-28400; www.cittadellarte.it/unidee Email: unidee@cittadellarte.it.

Reino Unido

Artist Links - Programa de intercâmbio entre artistas do Brasil e do Reino Unido criado conjuntamente pelo Arts Council England e British Council, com o apoio do Visiting Arts, com o objetivo de derrubar as fronteiras da arte e criar uma rede de colaboração entre artistas brasileiros e britânicos, permitindo que estes profissionais alarguem seus horizontes e tenham oportunidade de colaborar com diversos parceiros e culturas.
Beneficiários: Artistas contemporâneos que procuram criar um trabalho inédito nas múltiplas formas de artes, como música e ambientes sonoros; performances e live art; artes visuais, como pintura, fotografia e imagem digital; instalações; arte tecnologia e arte web; vídeo e animação; dramaturgia e literatura; dança e coreografia.
Duração: Dependerá do projeto - e do orçamento - proposto por cada artista.
Prazo de Inscrições: A cada seis meses uma nova rodada de inscrições
Benefícios: Varia de £3.000 a £10.000, dependendo das necessidades de cada um.
Seleção: Realizada através de comitê formado por seis pessoas do British Council – três de cada país – e dois convidados ligados ao mundo das artes.
Informações adicionais e ficha de inscrição para download :
www.artistlinks.org.br

Gasworks Residency Programme – Programa de Residência criado em 1994 pela Triangle Arts Trust* com o objetivo de oferecer a artistas internacionais uma oportunidade de trabalhar em Londres. O Centro reúne uma galeria e 15 estúdios, 3 dos quais são dedicados ao programa de Residência e o restante alugados para artistas londrinos. O seu programa de residência firmou-se como um dos mais reputados da cena londrina e do mundo pela sua contribuição à promoção da diversidade cultural e projetos experimentais. Até o momento o Gasworks já trabalhou com mais de cem artistas oriundos de mais de 50 países. A oportunidade de trabalhar com artistas baseados em Londres nas mais variadas linguagens (de pintura e instalação a fotografia e escultura) tem permitido trocas de idéias e conhecimentos entre praticantes, bem como inspirado a experimentação a partir de novos conceitos e novos materiais. Ademais, a natureza do programa é não prescritiva e baseada em processos.
Beneficiários: Artistas de todas as disciplinas e linguagens*. Artistas em meio de carreira e que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar em Londres antes serão priorizados.
Localização: Localizado em um prédio Vitoriano no Sul de Londres, entre as estações de metrô Vauxhall e Oval underground.
Benefícios: (1) Alojamento, incluindo custos com aquecedor, luz, água; (2) Cozinha comum e telefone pago; (3) Acesso a fotocópias, fax, computador para verificar e-mail e Internet sob demanda; (4) Espaço durante quatro dias para expor trabalho produzido na residência; (5) Programa complementar de formação que, dependendo da especialidade e interesse do artista, pode variar de conversas (slide talks) a painéis de discussão de painéis no Gasworks e escolas de arte, bem como workshops com escolas infantis. Obs.: não fornece estúdios de trabalho nem equipamento, porém tem contatos com organizações de Londres que podem flanquear o uso a preços especiais. Em alguns casos, pode ajudar a identificar fontes de financiamento.
Seleção: realizada através de processo colaborativo entre o Comitê Consultivo (Gasworks Advisory Committee), os artistas residentes, os funcionários e o Coordenador do programa de Residência.
Inscrições: A qualquer momento sendo que a seleção é feita a cada três meses. Mas, atenção: as residências são programadas ao menos um ano antes do seu início, sendo o contrato assinado seis meses antes, ocasião em que o financiamento já deve estar assegurado.
O Conteúdo das solicitações: Um mínimo de 6 slides ou fotografias de trabalho recente. Documentação relevante (ex: artigos de jornal sobre trabalho, publicações, etc); Curriculum vitae. Uma exposição de motivos do artista (não mais que 250 palavras) indicando porque gostaria de participar do programa. Uma carta de referência. Uma indicação de possibilidades de financiamento Uma capa contendo nome, endereço, e-mail, telefone e fax e informação sobre datas desejáveis para a residência. Envelope selado e auto-endereçado para retorno do material.
Informações adicionais e envio de proposta:
Gasworks Residency Programme
155 Vauxhall Street London SE11 5RH UK
Alessio Antoniolli, Residency Co-ordinator,
tel :+ 44 20 7587 5202
*Triangle Arts Trust é um espaço criado em 1982 por Robert Loder e Antony Caro, que funciona como uma rede de organizações de arte. Realizam workshops liderados por artistas e residências onde artistas são convidados a se concentrarem mais em processos do que em obras como produto final (mais informações: http://www.trianglearts.org)
*notar as limitações da infra-estrtura.

Royal Court Theatre Residency - A Residência Internacional do Royal Court Theatre oferece uma oportunidade única para profissionais de o teatro de todo o mundo encontrar e trabalhar com dramaturgos, diretores e atores britânicos. The Royal Court Theatre é um dos teatros líderes europeus, que desde 1956 tem apresentado um programa com dramas inovadores que ficou conhecido no mundo inteiro. Anualmente produz 19 novas peças, a maioria das quais são premieres desenvolvidas, comissionadas ou descobertas pelo teatro. O trabalho internacional do Royal Court tem se expandido nos últimos anos, passando a incluir colaborações contínuas com teatros das Américas, Ásia, Europa e África. No ano passado, dramaturgos de 11 diferentes países participaram do programa, apoiado principalmente pelo British Council. O programa tornou-se um trampolim para o desenvolvimento de projetos
internacionais. Muitos novos e interessantes projetos de teatro evoluíram em diferentes partes do mundo como resultado do programa, incluindo uma Bienal de trabalhos internacionais no Royal Court que pode incluir trabalhos de participantes do Programa de Residência. O Royal Court tem dois teatros: O Jerwood Theatre Downstairs (proscenium arch) e o Jerwood Theatre Upstairs (studio theatre). A Residência Internacional acontece no Theatre Upstairs, que tem sido, desde 1968, o espaço do Royal Court para experimentações, acolhendo inúmeros escritores, diretores, autores britânicos em início de carreira. Desde 1994 tem acolhido uma sucessão de novas peças de grande impacto internacional escritas e dirigidas por autores
inéditos para o Royal Court, muitos dos quais com suas primeiras obras. Estas incluem peças de Martin Crimp, Tom Stoppard, Sarah Kane, Mark Ravenhill, Phyllis Nagy, Jez Butterworth, Conor McPherson, Meredith Oakes, Rebecca Prichard e autores internacionais tais que David Gieselmann, Marius Von Mayenburg, Vassily Sigarev, the Presnykov Brothers, Juan Mayorga, Marcos Barbosa e Edgar Chas. A Residência irá trabalhar com 10 autores de todas as partes do mundo, que deverão apresentar no Jerwood Theatre Upstairs trabalho de conclusão da Residência.
Beneficiários: dramaturgos em início de carreira
Local: Royal Court Theatre, Sloane Square, em Londres
Duração: 4 semanas
Benefícios: estúdio, alojamento (localizado perto do Teatro, com acesso a pé ou rápida viagem de ônibus), café da manhã, almoço, tradução dos textos para o inglês, acompanhamento do projeto (tutoria) e tickets de teatro. Caso seja aceito, o Programa ajudará a identificar instituições de apoio para financiar a passagem.
Prazo de inscrições: Até 1 de Março do ano corrente. Mas a partir de novembro as informações e inscrições já estarão disponíveis no site do programa
Seleção: envio de bound scripts.
Funcionamento do Programa: A Residência funciona de Segunda a Sexta-feira. Visitas a teatro e encontros individuais acontecem de segunda a sexta à noite e durante alguns finais de semana. Os participantes devem estar disponíveis para participar do programa inteiro. É um programa exigente e os participantes recebem com antecedência uma lista de leitura, alguns textos (playtexts) para ler e uma programação a seguir. Os brasileiros Marcos Barbosa, Newton
Moreno, Claudia Pucci e Edilberto Mendes já participaram do programa.
Idioma: O programa é praticamente baseado em textos, sendo assim, os participantes devem ter um bom conhecimento do inglês. Os dramaturgos poderão escrever em seu idioma nativo e seus trabalhos serão traduzidos pelo Royal Court.
Informações adicionais:
William Drew, International Assistant
Royal Court International Residency Sloane Square
London SW1W 8AS UK
Tel +44 20 7565 5050
Fax +44 20 7565 5001
international@royalcourttheatre.com

Suécia

IASPIS - International Artist's Studio Programme, Suécia. Programa de Intercâmbio cujo objetivo principal é promover diálogos criativos entre artistas visuais da Suécia com a cena de arte contemporânea internacional. O programa dispõe de acomodações e estúdios em Estolcomo, Malmö, Gothenburg e Umeå. Funcionando desde 1996, tem desempenhado um papel primordial na internacionalização da arte sueca, seja como uma instituição que apóia financeiramente artistas, seja como agente de diálogos e conexões entre artistas, escritores e curadores. Convidam artistas estrangeiros para residências de curta e longa duração, muitas vezes em conexão com uma exposição ou projeto específico.
Benefícios: estúdio, acomodação, despesas de viagem e ajuda de custo.
Informações adicionais:
Robert Stasinski
Email: rs@iaspis.com www.iaspis.com

Estados Unidos

The School of the Art Institute of Chicago. Criado em 1866, o Art Institute of Chicago possui hoje uma das mais renomadas escolas de arte e design do mundo. Aliando a formação técnica à conceitual, a entidade proporciona a seus alunos uma experiência, que inclui prática em atelier e estudos de história, teoria e crítica de arte, além da convivência com diversos artistas internacionais e com o importante acervo da instituição.
Outras informações sobre a escola estão disponíveis no site: http://www.artic.edu

Montalvo Arts Center, Saratoga, California – Em 1930, o Senador Phelan deixou em testamento que a Villa Montalvo deveria ser utilizada para "o desenvolvimento da arte, literatura, música, arquitetura". Assim, em 1939 Montalvo criou seu primeiro Programa de Residência Artística, o terceiro dos Estados Unidos. Desde então mais de 600 artistas de mais de 20 países já participaram do programa. O programa Sally and Don Lucas Artists, criado em 2004, Montalvo oferece acomodação e local de trabalho para os participantes, bem como
acompanhamento, tecnologia de ponta e contatos com instituições locais.
Informações adicionais:
Katharine Wallerstein, Programs Manager - kwallerstein@montalvoarts.org.

Djerassi Arts Centre – Localizado nas Montanhas de Santa Cruz, próximo a São Francisco. O Centro de Artes Djerassi foi criado pela família Djerassi em homenagem à escritora e poeta Pamela Djerassi morta aos 28 anos. Hoje funciona como uma organização sem fins lucrativos
Beneficiários: jovens artistas ou no meio da carreira nas seguintes disciplinas: coreografia, literatura, composição musical, artes visuais e media arts/new genres.
Benefícios: acomodação e estúdio para trabalho. Não inclui passagem aérea.
Duração: de 4 a 5 semanas começando em meados de Março a meados de Novembro.
Prazo de Inscrição: 15 de Fevereiro de cada ano para residências no ano seguinte.
Informações adicionais:
Djerassi Resident Artists Program
2325 Bear Gulch Road - Woodside, CA 94062 www.djerassi.org

Atlantic Center for the Arts, em New Smyrna Beach, Florida – Centro cultural, criado em 1979, pela pintora, escultora e ambientalista Doris Leeper, com o apoio da Fundação Rockefeller. Compreende um complexo de 6 prédios, biblioteca, estúdios para pintura, escultura, dança, música, gravação e teatro. O programa de residência reúne três artistas consagrados de diferentes disciplinas tais que artes visuais (pintura, escultura, fotografia, cinema e vídeo), arquitetura, música (composição e performance), literatura, dança contemporânea, artes performáticas, teatro para um diálogo interdisciplinar. Estes artistas vão acompanhar os trabalhos dos artistas residentes. Além de aulas, oferecem crítica individual ao trabalho dos artistas, espaço para trabalho. O programa visa incentivar o diálogo entre disciplinas, culturas e idéias.
Duração: três semanas
As condições de seleção mudam anualmente. O formulário de inscrição pode ser encontrado no:
http://www.atlanticcenterforthearts.org/images/pdfs/associate_applilcationform.pdf 1414
Informações Adicionais:
Atlantic Center for the Arts
1414 Art Center Avenue - New Smyrna Beach, FL 32168
[T] 386.427.6975
[F] 386.427.5669
http://www.atlanticcenterforthearts.org

ISCP – International Studio & Curatorial Program – Residência artística para artes visuais, localizada em Manhattan, Nova York, epicentro da arte contemporânea (prática e mercado). Tem como proposta integrar o participante na cena artística local. Durante o período de estadia o participante tem a visita de vários críticos de arte.
Beneficiários: artistas e curadores
Benefícios: estúdio para trabalho e infra-estrutura para integração e interação com a cultura local. (Não provê alojamento).
Duração: de três a doze meses
Informações Adicionais:
Dennis Elliott, Director - International Studio & Curatorial Program (ISCP) 323 West 39th St., Suite 806 New York, NY 10018

Canadá

Banff Centre for the Arts – Centro dedicado ao desenvolvimento profissional de artistas, atua como um catalisador para criatividade e experimentação. Oferece residências para profissionais de artes visuais e mídia, música, teatro, literatura e arte aborígine. O auxílio financeiro está sujeito à avaliação de projeto, mérito e exigências de cada programa. Estimula
a interação entre linguagens e o diálogo.
Duração: de três meses a um ano
Informações Adicionais:
Tel: 403.762.6180 / Fax: 403.762.6345

Centre Est Nort Est – Criado em 1987 por um grupo de artistas. O programa de residência tem como objetivo oportunizar a artistas visuais e escultores acesso a recursos humanos e tecnologias de ponta que estimulem sua prática artística. Prioridade encorajar pesquisa artística e experimentação na arte contemporânea.
Beneficiários: artista de artes visuais e outras disciplinas, jovens ou já consagradas, e também curadores com projeto de residência temática.
Duração: de 2 a 6 meses
Benefícios: 600 dólares canadenses por 2 meses de residência, assistência técnica de profissionais, estúdios individuais, equipamentos e instrumentos de trabalho, alojamento e 300 dólares por mês para despesas com alimentação e outros.
* custos de viagem e transporte de material ficam a cargo do participante.
Seleção: Comissão composta por membros da organização e por artistas convidados.
Informações adicionais: www.estnordest.org

Argentina

El Basilisco. Buenos Aires - Residência para artistas criada em 2004 com o objetivo de ampliar o intercâmbio cultural nacional, regional e internacional. O programa une artistas do interior da Argentina com artistas de outras nacionalidades, para participar de um período de trabalho intensivo que inclui eventos de interação com pares da cena local, estudantes e público em geral.
A localização do centro de residência, na Casa da Avellaneda, em Buenos Aires, permite esta interação com a cidade e o contexto local. No final de cada período de residência é organizado um evento público para apresentar os projetos desenvolvidos.
Benefícios: alojamento e espaço para trabalho.
Beneficiários: artistas visuais, com abertura para projetos multidisciplinares
Duração: até 3 meses
Seleção: não existem condições específicas.
Informações adicionais:
Tamara Stuby
Email: residencias@elbasilisco.com
http://www.elbasilisco.com/residencias.html

Colômbia

Lugar a Dudas. Centro de residência situado na cidade de Cali criado com o apoio da Triangle Arts, tem como objetivo estimular e apoiar artistas emergentes oferecendo alternativas diferentes para explorar novas formas de interação durante o processo criativo.
Beneficiários: artistas e curadores.
Benefícios: os artistas devem procurar financiamento para cobrir seus custos de residência: passagem aérea, hospedagem, material de trabalho, transporte local, custo de manutenção e outros.
Duração: de um (1) a (2) meses.
Contrapartida: no final da residência se organiza um dia de estúdio-aberto em que o artista apresenta informalmente sua obra.
Seleção: Uma Comissão composta por artistas colaboradores e basea-se na qualidade do trabalho proposto, potencialidade e pertinência ao contexto.
Prazo de inscrição: qualquer época do ano. Devem indicar fonte de recurso para realizar a residência.
Informações adicionais:
SALLY MIZRACHI
calle 15N # 8N-41/, Cali, Colômbia / tel 6682335 email: lugaradudas@uniweb.net.co

México

Sala de Arte Público Siqueiros, México - Pertencente à rede INBA de museus e galerias, que possui 14 espaços culturais na Cidade do México, a Sala de Arte Público Siqueiros compõe um espaço de extraordinária oferta de atividades e serviços culturais e está localizada no circuito de museus de Chapultepec, no coração de Polanco. Sua missão é a conservação e difusão da
obra de David Alfado Siqueiros. Seu acervo constitui-se numa importante memória da pintura mexicana do século XX, contendo pinturas, escritos, gravações e filmes da trajetória desta figura essencial no movimento muralista mexicano. Sua sala permanente oferece ao espectador novas leituras da obra desse muralista, além da sala denominada "El Cubo", um grande cubo branco
de 90 m2, com 7 metros de altura, que em sua origem era o jardim da casa de Siqueiros, hoje destinado a exibir propostas específicas de artistas contemporâneos. Além disso, oferece arquivo e biblioteca, salão de leitura e uma programação de conferências, seminários, ciclos de cinema, etc.
Outras informações:
http://www.siqueiros.inba.gob.mx
http://www.conaculta.gob.mx/saps/ email: salasiqueiros@yahoo.com

Austrália

Gertrude Contemporary Art Spaces - Residência nos Estúdios Gertrude Contemporary Art Spaces, em Melbourne, Austrália, para artes visuais, durante um período de meses. Gertrude, fundado em 1983, é um conjunto de galerias e de estúdios de arte contemporâneo, sem fins lucrativos, situado no centro do bairro cultural de Melbourne. Ele propõe uma assistência profissional aos artistas, organizando exposições, colocando a sua disposição estúdios e através de programas públicos permitem abordar a relação entre a prática da arte contemporânea e o debate atual. Recebe apoio do Governo de Vitória, através da “Arts Victoria Department” ligado ao Gabinete do Primeiro Ministro. O South Project iniciou parceria para promover a prática artística e o intercâmbio entre os artistas de países do Sul. O South Project representa uma série de eventos organizados com vistas a tecer uma ligação cultural entre os países do Sul e a facilitar o intercâmbio criativo e se concentrando no aspecto visual da cultura. O programa propõe
oportunidades de residência, de agrupamentos internacionais, criação em rede, parcerias, exposições, publicações eletrônicas, bem como debates e workshops.
Beneficiários: Artistas visuais profissionais com talento comprovado, comprovando inovação, experiência e excelência na prática das artes visuais contemporâneas e com sentido do debate. Conhecimento prático do inglês
Prazo de inscrição: 30 de abril do ano corrente
Benefícios: Passagem aérea, Alojamento, 250 $ australianos por semana; Possibilidade de apresentar uma exposição individual Gertrude Contemporary Art Spaces durante o último mês da residência.
*Os custos com seguro saúde e visto ficam a cargo do candidato.
Contrapartida: Fazer discurso no quadro do Projeto Sul (South Project)
Período da Residência: 8 janeiro a 30 de março
Candidatura: Enviar o formulário de inscrição diretamente ao Gertrude Contemporary Art Spaces, com os documentos que seguem:
- Currículo vitæ
- Fotografia recente
- Breve descritivo do projeto que será desenvolvido durante a residência,
bem como previsão de orçamento.
- Contato (ou cartas de recomendação) de dois profissionais reconhecidos
no domínio artístico
- Trabalhos executados nos últimos dois anos ou um CD contendo um máximo de 12 imagens digitais OU um DVD OU vídeo. Não enviar fotografias ou imagens fotocopiadas ou de desenhos
- Um envelope selado auto-endereçando (selo internacional) para retorno do dossiê de nscrição.
Contato: Gertrude Contemporary Art Spaces
Mme Alexie Glass, Directrice
200 Gertrude Street Fitzroy
Victoria 3065 Australia
T: +61 3 9419 3406
F: +61 3 9419 2519
E: info@gertrude.org.au
http://www.gertrude.org.au

Senegal

Ecole de Sable – Centre International de Danses Traditionnelles et Contemporaines d'Afrique. Escola criada em 1998 pela coreógrafa e dançarina Germaine Acogny com o objetivo de ser um centro de referência em dança africana onde jovens dançarinos de origem africana possam se beneficiar de uma sólida formação profissional e de intercâmbio internacional. Oferece programas de residência individual ou coletiva para artistas
interessados em encontrar novas fontes de inspiração em terra africana.
Beneficiários: escritores, artistas plásticos, músicos, dançarinos, etc...
Informações adicionais:
JANT-BI, L'ECOLE DES SABLES
22, rue Thiong BP 22626
15523 Dakar
Tel. : 221-839 80 90
Fax : 221-836 3619
email : jant-bi@orange.sn

INSTITUIÇÕES FINANCIADORAS

Fundação Iberé Camargo - Fundação criada em 1995 com o objetivo de preservar e divulgar a obra do prestigiado pintor brasileiro. Além de aproximar o público deste que é um dos grandes mestres da arte no século XX, a instituição procura incentivar a reflexão sobre a produção artística contemporânea. Desde 2001, oferece anualmente bolsas a artistas visuais para uma temporada de aperfeiçoamento em um centro de arte internacional.
http://www.iberecamargo.org.br/content/bolsa/default.asp


Fonte: site do Mestrado em Artes Visuais da Universidade Federal da Bahia - http://www.mav.ufba.br/